quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019








Classes gramaticais - Relembrando 

Segundo um estudo morfológico da Língua Portuguesa, as palavras podem ser analisadas e catalogadas em dez classes de palavras ou classes gramaticais distintas, sendo elas: substantivo, artigo, adjetivo, pronome, numeral, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.
Relembre algumas classes gramaticais lendo as informações abaixo.

Substantivo
Substantivos são palavras que nomeiam seres, lugares, qualidades, sentimentos, noções, entre outros. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (diminutivo, normal, aumentativo). Exercem sempre a função de núcleo das funções sintáticas onde estão inseridos (sujeito, objeto direto, objeto indireto e agente da passiva).
Os substantivos classificam-se em:

Substantivos simples:  são formados por apenas uma palavra. Exemplos: casa; amor; roupa; livro; felicidade.

Substantivos compostos: são formados por mais de uma palavra. Exemplos:  passatempo; arco-íris; beija-flor; segunda-feira; malmequer.

Substantivos primitivos: como o próprio nome indica, são aqueles que não derivam de outras palavras. Exemplos:  folha; chuva; algodão; pedra; quilo.

Substantivos derivados: são aquelas palavras que derivam de outras Exemplos: casarão (derivado de casa), folhagem (derivado de folha), chuvarada (derivado de chuva).

Substantivos próprios:  grafados em letra maiúscula, são palavras que particularizam seres, entidades, países, cidades, estados da mesma espécie. Exemplos:  Flávia; Brasil; Carnaval; Nilo; Serra da Mantiqueira.

Substantivos comuns: são as palavras que designam os seres da mesma espécie de forma genérica. Exemplos: pessoa;  computador; papagaio; uva;  planeta; país.


Substantivos coletivos: são aqueles que se referem a um conjunto de seres. Exemplos:  rebanho; cardume; pomar; arquipélago; constelação.

Substantivos concretos: eles designam  as palavras reais, concretas, sejam elas pessoas, objetos, animais ou lugares. Exemplos:  mesa; cachorro; samambaia;
chuva; Felipe.

Substantivos abstratos: são aqueles relacionados aos sentimentos, estados, qualidades e ações.  Exemplos:  beleza; pobreza; riqueza;  crescimento;  amor; calor.

Substantivos comuns de dois gêneros:  são os substantivos que apresentam uma só forma para o gênero masculino e o gênero feminino, sendo a distinção de gênero feita através dos artigos o, a, um, uma ou de outros determinantes. Exemplos:  o estudante / a estudante; o jovem / a jovem; o artista / a artista; um imigrante / uma imigrante;  um indígena / uma indígena; o jornalista / a jornalista;  um jornalista / uma jornalista.


Substantivos sobrecomuns: diferentes dos epicenos, esse tipo é associado às pessoas, por exemplo, a palavra “criança”. Ela é utilizada em ambos os casos: a criança é uma menina; a criança é um menino. Outros exemplos:  a vítima; a pessoa;   o gênio; o indivíduo.

Substantivos epicenos: referem-se a animais e possuem  apenas um gênero. A distinção dá-se  pelo designação de macho ou fêmea. Exemplos: anta macho / anta fêmea; borboleta macho e borboleta fêmea; cobra macho e cobra fêmea; crocodilo macho / crocodilo fêmea; escorpião macho / escorpião fêmea; foca macho / foca fêmea.


Artigo
Artigos são palavras que antecedem os substantivos, determinando a definição ou a indefinição dos mesmos. Sendo flexionados em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), indicam também o gênero e o número dos substantivos que determinam.
Classificam-se em:

Artigos definidos: determinam os substantivos de modo preciso, particular. São:  o; a; os; as.
Exemplos:
O vizinho ganhou a loteria.
A criança caiu da bicicleta..

Artigos indefinidos: determinam os substantivos de modo vago, impreciso e geral. São:  um; uma; uns; umas.
Exemplos:
Um vizinho ganhou a loteria.
Uma criança caiu  da bicicleta.

Adjetivo
Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (normal, comparativo, superlativo).
Exemplos: casa velha (o adjetivo velha caracteriza o substantivo casa); prédio antigo (o adjetivo antigo caracteriza o substantivo prédio); casas velhas (o adjetivo velhas caracteriza o substantivo casas); prédios antigos (o adjetivo antigos caracteriza o substantivo prédios).
Os adjetivos podem ser simples, sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados por dois ou mais radicais.

Exemplos de adjetivos simples:
A maçã é vermelha.
O menino é muito bonito.
Minha mãe está zangada.

Exemplos de adjetivos compostos:
Meu vestido verde-escuro está estragado.
Meu pai é franco-brasileiro.
Que menino mal-educado!

Grau dos adjetivos
Relativamente ao grau, os adjetivos podem estar no grau normal, no grau comparativo ou no grau superlativo, indicando diferentes intensidades com que um adjetivo pode caracterizar um substantivo.

Grau normal: O Mateus é inteligente.
Grau comparativo de superioridade: O Mateus é mais inteligente que o Bruno.
Grau comparativo de inferioridade: O Mateus é menos inteligente que a Camila.
Grau comparativo de igualdade: O Mateus é tão inteligente quanto a Luana.
Grau superlativo absoluto analítico: O Mateus é muito inteligente.
Grau superlativo absoluto sintético: O Mateus é inteligentíssimo.

Locução adjetiva
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo. As locuções adjetivas são formadas maioritariamente pela preposição de mais um substantivo.
Exemplos:
... de criança – relativa ao adjetivo infantil;
... de pai – relativa ao adjetivo paterno;
... de mãe – relativa  ao adjetivo materna;
... de morte  – relativa ao adjetivo mortal;
... de leite – relativa ao adjetivo lácteo.


Outros tipos de adjetivos

Adjetivos primitivos:  são adjetivos cuja origem não reside em outras palavras da língua portuguesa, mas sim em palavras de outras línguas. Exemplos: feliz; bom; azul; triste; grande; …

Adjetivos derivados:  são adjetivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: magrelo; avermelhado; apaixonado; …

Adjetivos explicativos:  são adjetivos que expressam uma qualidade própria do ser. Exemplos: fogo quente; mar salgado; céu azul; …

Adjetivos restritivos:  são adjetivos que expressam uma qualidade que não é própria do ser, tornando-o único no grupo de referência.
Exemplos: blusa amarela; cantora baiana; criança inteligente; …

Adjetivos pátrios:  são adjetivos que nomeiam as pessoas conforme o local onde nascem ou vivem. São adjetivos derivados, dado que têm quase sempre sua origem no nome do lugar a que se referem. Exemplos: baiano; paulista; pernambucano; cearense; alemão; francês; nipo-brasileiro; luso-brasileiro; …

Adjetivos adverbializados:  são adjetivos que, na oração, assumem a função de advérbio, permanecendo assim invariáveis. Substituem advérbios de modo terminados em –mente, produzindo um discurso mais rápido, acessível e enfático. Exemplos:
Venha rápido ver o que aconteceu! (rápido = rapidamente)
Aprendemos fácil a matéria. (fácil = facilmente)
Ela escorregou, caiu e bateu forte no chão. (forte = fortemente)



Pronomes
Os pronomes representam a classe de palavras que substituem ou acompanham os substantivos.
De acordo com a função que exercem, eles são classificados em:
Pronomes pessoais
Pronomes possessivos
Pronomes demonstrativos
Pronomes de tratamento
Pronomes indefinidos
Pronomes relativos
Pronomes interrogativos


Pronomes pessoais

Os pronomes pessoais são classificados de acordo com sua função na oração, ganhando duas divisões: retos  (quando desempenham a função de sujeito) e oblíquos (quando desempenham a função de complementos). Também fazem parte deste grupo os pronomes de tratamento.

Pronomes pessoais retos
 
1.ª pessoa do singular - eu
2.ª pessoa do singular - tu
3.ª pessoa do singular - ele, ela
1.ª pessoa do plural - nós
2.ª pessoa do plural - vós
3.ª pessoa do plural - eles, elas

Exemplos com função de sujeitou:

Eu li o livro.
Tu leste o livro.
Ele leu o livro.
Nós lemos o livro.
Vós lestes o livro.
Eles leram o livro.

Exemplos com função de predicativo do sujeito:

A escolhida fui eu.
A escolhida foste tu.
A escolhida foi ela.
As escolhidas fomos nós.
As escolhidas fostes vós.
As escolhidas foram elas.

Pronomes pessoais oblíquos:   são aqueles que assumem a função de objeto direto e de objeto indireto e esses podem ser classificados como tônicos e átonos e nesse quesito muitas pessoas tem dificuldade de compreender como utiliza-los no dia a dia.
Pronomes pessoais oblíquos átonos.

Pronomes  oblíquos tônicos:   são sempre precedidos por preposições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem acentuação tônica forte.

Pronomes oblíquos tônicos:
1.ª pessoa do singular - mim, comigo
2.ª pessoa do singular - ti, contigo
3.ª pessoa do singular - ele, ela, si, consigo
1.ª pessoa do plural - nós, conosco
2.ª pessoa do plural - vós, convosco
3.ª pessoa do plural - eles, elas, si, consigo

Nota: As formas comigo, contigo, consigo, conosco e convosco são formas contraídas com a preposição com.

Exemplos com função de objeto indireto:
Ele comprou este livro para mim
Ele comprou este livro para ti
Ele comprou este livro para ela
Ele comprou este livro para nós
Ele comprou este livro para vós
Ele comprou este livro para eles


Os pronomes oblíquos átonos: substituem substantivos e podem assumir a função de objeto direto ou de objeto indireto da oração. Não são precedidos de preposições.

Pronomes oblíquos átonos:
1.ª pessoa do singular - me
2.ª pessoa do singular - te
3.ª pessoa do singular - o, a, se, lhe
1.ª pessoa do plural - nos
2.ª pessoa do plural - vos
3.ª pessoa do plural - os, as, se, lhes

Exemplos com função de objeto direto:

Ele viu-me pela janela.
Ele viu-te pela janela.
Ele viu-o pelo espelho.
Ele viu-a pela janela.
Ele viu-se pela janela.
Ele viu-nos pela janela.
Ele viu-vos pela janela.
Ele viu-os pela janela.
Ele viu-as pela janela.

Exemplos com função de objeto indireto

Eu dei-lhe as indicações necessárias.
Eu dei-lhes as indicações necessárias.

Pronomes possessivos

Pronomes possessivos indicam, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso. A forma que o pronome possessivo assume concorda com a pessoa gramatical a que se refere (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso) e varia em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) de acordo com aquilo que é possuído.
         Exemplo: Aqui está o meu livro.


Pronomes possessivos

1.ª pessoa do singular (eu) - meu, minha, meus, minhas
2.ª pessoa do singular (tu) - teu, tua, teus, tuas
3.ª pessoa do singular (ele/ela) - seu, sua, seus, suas
1.ª pessoa do plural (nós) - nosso, nossa, nossos, nossas
2.ª pessoa do plural (vós) - vosso, vossa, vossos, vossas
3.ª pessoa do plural (eles/elas) - seu, sua, seus, suas

Exemplos de concordância dos pronomes possessivos:
Eu não dormi na minha cama.
Tu não dormiste no teu quarto.
Você não dormiu na sua cama.
Nós não dormimos no nosso quarto.
Vós não dormistes na vossa cama.
Eles não dormiram nos seus quartos.

Observações

No caso do pronome possessivo determinar vários substantivos, deverá concordar em gênero e número com o substantivo que estiver mais próximo.
Exemplos:
Nós trouxemos nossas roupas, sapatos e equipamento.
Trouxe-me seus livros e anotações.

É facultativa a utilização de um artigo definido antes dos pronomes possessivos.
Exemplos:
Meu irmão é muito bonito.
O meu irmão é muito bonito.
Minha mãe é brava.
A minha mãe é brava.

Os pronomes possessivos, além da noção de posse, podem transmitir uma ideia de respeito, afeto, ofensa ou cálculo aproximado. Exemplo:

Não se preocupe, minha senhora, nós resolveremos o assunto. (respeito)
Meu filho, por favor, tenha cuidado! (afeto)
Seu irresponsável, você podia ter morrido! (ofensa)
Aquela estátua já deve ter seus 15 anos. (cálculo aproximado)

Em algumas situações, os pronomes pessoais oblíquos podem assumir valores equivalentes aos pronomes possessivos. Exemplo:

A chuva molhou-te o cabelo. (Molhou o teu cabelo).
Agarrei-lhe a mão. (Agarrei a sua mão).

Ambiguidade na utilização de alguns pronomes possessivos
A utilização dos pronomes possessivos na 3.ª pessoa do singular ou do plural (seu, sua, seus, suas) pode originar dúvidas quando ao elemento possuidor. Para evitar ambiguidades, utilizam-se as formas contraídas dele, dela, deles, delas.

Exemplo de ambiguidade de possuidor:

A professora proibiu que o aluno utilizasse seu dicionário.
(O dicionários é da professora ou do aluno?)

Exemplo de utilização das formas contraídas dele, dela, deles, delas:

A professora proibiu que o aluno utilizasse o dicionário dele.
A professora proibiu que o aluno utilizasse o dicionário dela.

Pronomes possessivos adjetivos e substantivos
Os pronomes possessivos podem ser classificados ainda em pronome possessivo adjetivo, quando acompanha, determina e modifica os substantivos, e em pronome possessivo substantivo, quando substitui o substantivo numa frase.
Exemplo:

Meu filho é indisciplinado. (pronome possessivo adjetivo)
Aquela caneta é a minha. (pronome possessivo substantivo)


Pronomes demonstrativos

Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular). Possuem ainda uma finalidade expressiva, reforçando algum termo anteriormente mencionado.

Pronomes demonstrativos variáveis:

1.ª pessoa: este, esta, estes, estas
2.ª pessoa: esse, essa, esses, essas
3.ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas

Pronomes demonstrativos invariáveis:

1.ª pessoa: isto
2.ª pessoa: isso
3.ª pessoa: aquilo

Pronomes demonstrativos combinados com preposições
Os pronomes demonstrativos contraem-se com as preposições a, em e de.

Pronomes demonstrativos contraídos com preposições:

Preposição a – àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo.
Preposição em – neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nessa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo.
Preposição de – deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa, desses, dessas, disso, daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo.

Exemplos:
Eu moro nesta casa.
Não gosto dessa sua maneira de ser.
Entregue seu teste àquele professor.

Regras de utilização dos pronomes demonstrativos: este, esta, estes, estas, isto, neste, nesta, nestes, nestas, deste, desta, destes, destas: são usados quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que vai ser mencionado no discurso.
Exemplos:
Esta caneta aqui é minha.
Este é o ano do meu casamento.
Isto que está acontecendo é horrível!
Isto será explicado mais à frente.
Neste momento não tenho  nada para fazer.
Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente.


Regras de utilização dos pronomes demonstrativos: esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse, dessa, desses, dessas: são usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou num tempo passado recente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado no discurso.
Exemplos:
Essa caneta aí é sua.
Esse foi ser o ano em que fui mãe.
Isso que aconteceu foi horrível!
Isso foi explicado na aula passada.
Nesse dia eu estava nervosa porque tinha visto um acidente.
Antes de se ir embora, coloque tudo dentro desse recipiente que está perto de você.


Regras de utilização dos pronomes demonstrativos:  aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, naquele, naquela, naqueles, naquelas, daquele, daquela, daqueles, daquelas: são usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala. Também se usa para referir um passado distante ou para referir algo que foi mencionado com uma grande distância no discurso.
Exemplos:
Aquela caneta ali é dele.
Aquele foi o melhor ano da minha infância.
Aquilo foi o melhor de tudo.
Ela  quebrou a perna naquele fim de semana que fomos passear ao campo.
Este livro é daquele menino da 7º  ano. Você sabe quem ele é?


Outros pronomes demonstrativos

Outras palavras atuam como pronomes demonstrativos. São variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular), mas não se relacionam com as três pessoas discursivas: O, a, os, as. Quando acompanharem os pronomes que e qual, podendo ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Exemplos:
Não entendi o que foi dito pelo apresentador. (aquilo que foi dito).
Essa mochila não é a que eu comprei. (aquela que eu comprei).

Observa-se que:
Mesmo, mesma, mesmos, mesmas
próprio, própria, próprios,  próprias reforçam pronomes pessoais e se referem alguma coisa citada anteriormente.
Exemplos:
Ela mesma resolveu o assunto.
Foram os próprios responsáveis que fizeram a confusão.
Tal, tais, referem-se a um nome anteriormente citado e transmitem um sentido completo (tal) ou incompleto (semelhante), podendo ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, esse, essa, esses, essas, isso, este, esta, estes, estas, isto. Estes dois pronomes podem ser utilizados ironicamente.
Exemplos:
Não tenha semelhante atitude. (aquela atitude)
Em tais momentos, não devemos reagir de cabeça quente. (nesses momentos)

Pronomes demonstrativos adjetivos e substantivos
Os pronomes demonstrativos podem ser classificados ainda em pronome demonstrativo adjetivo, quando acompanha, determina e modifica os substantivos, e em pronome demonstrativo substantivo, quando substitui o substantivo numa frase.
Exemplos:

Aquela caneta é azul. (pronome demonstrativo adjetivo)
O meu filho é aquele. (pronome demonstrativo substantivo)



Pronomes de Tratamento

Os pronomes de tratamento são palavras e expressões que usamos quando nos dirigimos às pessoas. Esses pronomes servem também para indicar o grau de formalidade existente em determinadas situações.
Exemplos:
Você está cansado. (pronome utilizado em comunicações mais informais)
O senhor precisa de ajuda?
Sua Magnificência, reitor desta universidade, fará o discurso de abertura da formatura.


Principais Pronomes de Tratamento

Você: costuma ser utilizado em comunicações mais informais. No Brasil, o “você” ainda é considerado uma substituição do pronome pessoal “tu”.
Senhor / Senhora (Sr. / Srª): pronome de tratamento utilizado com pessoas desconhecidas e quando há um nível de formalidade na relação.
Vossa Senhoria (V.S.ª): utilizado para as autoridades em geral em tratamentos cerimoniosos.
Saiba mais sobre o significado de Vossa Senhoria.
Vossa Excelência (V. Ex.ª): destinado às altas autoridades do Estado (Judiciário, Legislativo e Executivo) e alguns militares (oficiais generais, por exemplo). Este pronome de tratamento deve ser utilizado por extenso (sem abreviações) quando se tratar do Presidente da República.
Vossa Magnificência (V.Mag.ª): para reitores de universidades.
Vossa Santidade: pronome de tratamento para o papa
Vossa Reverendíssima (V.Rev.ª): para sacerdotes em geral.
Vossa Eminência: (V.Em.ª): utilizado em comunicações com Cardeais.

Exemplos com pronomes de tratamento
Vossa Excelência estará presente na cerimônia de encerramento?
Vossa Eminência estará presente no conclave?
Estou ansioso pela missa que Vossa Santidade rezará no Rio de Janeiro.
Vossa Majestade cumpriu, na perfeição, o protocolo na missa de entronização do novo Papa.
Vossa Reverendíssima irá ministrar algum sacramento da igreja hoje?
Vossa Magnificência presidirá a cerimônia de encerramento do ano letivo?
Senhorita, queira fazer o favor de me desculpar, suas vontades serão realizadas imediatamente.
Concordância com os pronomes de tratamento
Embora os pronomes de tratamento se dirijam à 2ª pessoa do singular ou do plural, a concordância verbal deverá ser feita sempre com a 3ª pessoa do singular ou do plural:
Todos os fiéis da sua paróquia acreditam em si e seguem seus ensinamentos, Vossa Reverendíssima.
Vossa Magnificênciasua opinião e suas decisões são muito importantes para os estudantes desta universidade.
Vossa ou Sua?
Além do uso de Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa Majestade,…, também é possível o uso de Sua Senhoria, Sua Alteza, Sua Majestade,… A diferença no uso dessas duas formas é: usamos o pronome vossa quando estamos falando diretamente com a pessoa e usamos o pronome sua quando estamos falando sobre a pessoa:
Vossa Senhoria quer que eu lhe entregue os ofícios agora?
Lamento informar que Sua Senhoria, o diretor da autarquia municipal, não pode estar presente hoje neste evento.


Pronomes relativo
Pronomes relativos são pronomes que se relacionam sempre com o termo da oração que está antecedente, servindo ao mesmo tempo de elo de subordinação das orações que iniciam. Exercem, assim, uma função sintática na frase. Normalmente, introduzem as orações subordinadas adjetivas. Através da utilização de pronomes relativos, evitamos a repetição dos termos nas orações, sendo fácil relacioná-los e sintetizá-los.
Exemplos:
Orações simples: Este é o museu. Eu visitei o museu.
Com pronome relativo: Este é o museu que eu visite.
Orações simples: Eu comprei a blusa. A blusa é amarela.
Com pronome relativo: Eu comprei a blusa que é amarela.

Exemplos de pronomes relativos

Formas invariáveis: que, quem, onde.
Formas variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.

Nota: Os pronomes relativos podem vir precedidos de preposição de acordo com a regência verbal dos verbos da oração.


Uso dos pronomes relativos

Que: É o pronome relativo mais utilizado, sendo considerado um pronome relativo universal. Refere-se a coisas ou a pessoas e pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais e as quais. Além disso, pode aparecer precedido pelos pronomes demonstrativos o, a, os, as.
Exemplos:
Acabei de lavar o vestido que estava sujo de tinta.
Já nem sei o que faço.
Quem: Refere-se somente a pessoas, nunca a coisas. Vem sempre antecedido de preposição quando tem um antecedente explícito.
Exemplos:
Este é o garoto a quem sempre amei.
É esta a professora de quem você falou?

Onde: É utilizado para indicar um lugar, podendo ser substituído por: em que, no qual, na qual, nos quais e nas quais. Pode ser utilizado juntamente com preposições, formando as palavras aonde e donde para transmitir noções de movimento.
Exemplos:
Este é o apartamento onde vivi quando pequena.
O hotel onde ficamos era cinco estrelas.

Qual e suas flexões: Vem sempre precedido de um artigo. Emprega-se depois de preposições com duas sílabas ou mais e de locuções prepositivas.
Exemplos:
Pensei nisso naquela noite de tempestade, durante a qual não consegui dormir.
Li um livro sobre o qual nunca tinha ouvido falar nada.

Quanto e suas flexões: Aparece depois dos pronomes indefinidos tudo, tanto, todos, bem como suas flexões.
Exemplos:
Compre tanto quanto for preciso.
Ele não fez tudo quanto havia prometido.

Cujo e suas flexões: Aparece entre dois substantivos e transmite uma ideia de posse, sendo equivalente a: do qual, da qual, dos quais, das quais, de que e de quem. Deve concordar em gênero e número com a coisa possuída.
Exemplos:
Escolheram os alunos cujas notas foram exemplares.
Preferem atletas cujo condicionamento físico está excelente.



Pronomes interrogativos
Pronomes interrogativos são utilizados para interrogar, ou seja, para formular perguntas de modo direto ou indireto. Referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical e possuem uma significação indeterminada e imprecisa, que apenas é esclarecida pela resposta dada à interrogação.

Exemplos - interrogação direta:
Quem ganhou a competição?
Qual o motivo desta confusão?

Exemplos - interrogação indireta:
Gostaria de saber quem ganhou a competição.
Diga-me, por favor, qual o motivo desta confusão.

Os pronomes interrogativos existentes são: que, quem, qual e quanto, sendo que os pronomes que e quem são invariáveis, o pronome qual pode variar em número para quais e o pronome quanto pode variar em gênero e número para quanta, quantos e quantas.

Exemplos com os pronomes invariáveis que e quem:
Que é este embrulho?
Que são estes embrulhos?
Que é esta caixa?
Que são estas caixas?
Quem é este garoto?
Quem são estes garotos?
Quem é esta garota?
Quem são estas garotas?

Exemplos com os pronomes variáveis qual e quanto:
Qual é o propósito deste trabalho?
Quais são os propósitos deste trabalho?
Qual é a vantagem deste trabalho?
Quais são as vantagens deste trabalho?
Quanto dinheiro será necessário?
Quanta mão de obra será necessária?
Quantos empregados serão necessários?
Quantas empregadas serão necessárias?
Uso e valores dos pronomes interrogativos

Pronome interrogativo que se refere principalmente a coisas, podendo perguntar: que coisa? ou que espécie de coisa ou pessoa? Pode vir acompanhado da expressão é que, reforçando a interrogação, bem como ser utilizado para conferir maior ênfase à interrogação.
Exemplos:
Que comeremos agora?
Que comunicado ele pretende fazer?
Que é que você fez?
O que terá acontecido?

Pronome interrogativo quem  se refere principalmente a pessoas ou coisas personificadas.
Exemplos:
Quem quer ir comigo ao cinema?
Gostaria de saber quem é o responsável da empresa.

Pronome interrogativo qual  se refere a coisas ou a pessoas. Pode transmitir uma ideia de seleção, ou seja, de identificação de um ou vários elementos dentro de um grupo.
Exemplos:
Qual é o departamento certo?
Qual de vocês me ajudará nesta tarefa?

Pronome interrogativo quanto  se refere a coisas ou a pessoas. Transmite uma ideia de quantificação.
Exemplos:
Quanto mais terei que aturar?
Quantas inscrições são precisas para que a atividade se realize?

Fique sabendo mais!

Os pronomes interrogativos podem ainda ser usados em exclamações que simbolizem uma interrogação com admiração e espanto.
Exemplos:
Que confusão!
Quem diria!
Quanta barbaridade!





Verbo
Verbos são palavras que indicam, principalmente, uma ação. Podem indicar também uma ocorrência, um estado ou um fenômeno. 
Exemplos de verbos: patinar; falar; demorar; correr; adormecer; fazer; cair; sair; imprimir; pôr; ...


Flexão e concordância verbal
Os verbos são uma classe gramatical complexa e abrangente, devido, principalmente, à pluralidade de flexões que apresenta. Existe flexão do verbo em número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz.

Flexão em número: singular (um sujeito); plural (vários sujeitos).

Flexão em pessoa: 1.ª pessoa (quem fala: eu e nós); 2.ª pessoa (com quem se fala: tu e vós); 3.ª pessoa (de quem se fala: ele e eles).

Flexão em modo:  indicativo; subjuntivo; imperativo. 

Flexão em tempo: tempos no passado; tempos no presente; tempos no futuro.

Flexão em voz:  voz ativa; voz passiva; voz reflexiva.

Flexão em aspecto:  aspecto perfectivo e aspecto imperfectivo;
aspecto pontual e aspecto durativo; aspecto inceptivo, aspecto cursivo e aspecto terminativo; aspecto contínuo e aspecto descontínuo.

Regra geral, os verbos sofrem flexão, concordando em número e pessoa com o sujeito verbal. Há, contudo, alguns casos em que a concordância verbal é feita de forma específica, não obedecendo a essa regra.


Conjugação verbal
Os verbos são formados por um radical mais uma terminação. As terminações são diferentes, conforme as flexões que ocorrem nos verbos.
Nos verbos regulares, existem três estruturas de conjugação:
1.ª conjugação: verbos terminados em -ar;
2.ª conjugação: verbos terminados em -er;
3.ª conjugação: verbos terminados em -ir.

Nota: O verbo pôr, acabado em -or, pertence à 2.ª conjugação.

Exemplo de flexão de um verbo da 1.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu ando (and + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu andas (and + -as)
3.ª pessoa do singular: Ele anda (and + -a)
1.ª pessoa do plural: Nós andamos (and + -amos)
2.ª pessoa do plural: Vós andais (and + -ais)
3.ª pessoa do plural: Eles andam (and + -am)

Exemplo de flexão de um verbo da 2.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu escrevo (escrev + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu escreves (escrev + -es)
3.ª pessoa do singular: Ele escreve (escrev + -e)
1.ª pessoa do plural: Nós escrevemos (escrev + -emos)
2.ª pessoa do plural: Vós escreveis (escrev + -eis)
3.ª pessoa do plural: Eles escrevem (escrev + -em)

Exemplo de flexão de um verbo da 3.ª conjugação:
1.ª pessoa do singular: Eu divido (divid + -o)
2.ª pessoa do singular: Tu divides (divid + -es)
3.ª pessoa do singular: Ele divide (divid + -e)
1.ª pessoa do plural: Nós dividimos (divid + -imos)
2.ª pessoa do plural: Vós dividis (divid + -is)
3.ª pessoa do plural: Eles dividem (divid + -em) 

Modos verbais
Os modos verbais indicam a forma como o falante se posiciona face à ação verbal. Indicam diferentes formas dos verbos serem utilizados, mediante a significação que apresentam. Os diferentes tempos verbais estão inseridos nos modos verbais.
Existem três modos verbais:  modo indicativo (indica realidade); modo subjuntivo (indica possibilidade); modo imperativo (indica ordem).
Aprenda mais sobre os modos verbais.

Tempos verbais
Os tempos verbais indicam o momento em que ocorre a ação verbal, se ocorre no passado, no presente ou no futuro. 

Tempos verbais simples do modo indicativo: presente do indicativo;  pretérito imperfeito do indicativo;  pretérito perfeito do indicativo;  pretérito mais-que-perfeito do indicativo;   futuro do presente do indicativo;  futuro do pretérito do indicativo.

Tempos verbais compostos do modo indicativo: pretérito perfeito composto do indicativo;  pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo;  futuro do presente composto do indicativo;  futuro do pretérito composto do indicativo.

Tempos verbais simples do modo subjuntivo: presente do subjuntivo; pretérito imperfeito do subjuntivo; futuro do subjuntivo.

Tempos verbais compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito composto do subjuntivo; pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo; futuro composto do subjuntivo.

Tempos verbais do modo imperativo: imperativo afirmativo; imperativo negativo.
Leia mais sobre os diferentes tempos verbais.

Formas nominais dos verbos
As formas nominais não estão relacionadas com os tempos e os modos verbais. Podem apresentar função de verbo ou função de nome.
Existem três formas nominais:  infinitivo (estudar, aprender, discernir);  gerúndio (estudando, aprendendo, discernindo); particípio (estudado, aprendido, discernido).
Saiba mais sobre as formas nominais dos verbos.

Classificação dos verbos
Conforme as características que apresentam, existem vários tipos de classificação verbal. Os verbos podem ser classificados em:
verbos regulares, como amar, partir, comer,...
verbos irregulares, como fazer, dar, poder,...
verbos anômalos, como ser e ir.
verbos abundantes, como aceitar, ganhar, pagar,... 
verbos defectivos, como reaver, adequar, banir,...
verbos impessoais, como haver, fazer, anoitecer,...
verbos unipessoais, como latir, miar, custar,...
verbos pronominais, como arrepender-se, queixar-se, sentar-se,...
verbos principais, como ler, saltar, dormir,...
verbos auxiliares, como ser, estar, ter,...
verbos de ligação, como ser, estar, parecer,...
verbos significativos, como estudar, saltar, namorar,...
verbos intransitivos, como nascer, viver, morrer,...
verbos transitivos diretos, como cortar, querer, quebrar,...
verbos transitivos indiretos, como lembrar, responder, obedecer,...
verbos transitivos diretos e indiretos, como emprestar, agradecer, oferecer,...
Saiba mais sobre todos os tipos de classificação verbal.

Locuções verbais
Uma locução verbal é uma sequência de dois verbos que, juntos, indicam apenas uma ação verbal. São formadas por um verbo auxiliar flexionado e um verbo principal no particípio, gerúndio ou infinitivo: tenho vivido; tiver terminado; estão esperando; vou andando;  quero parar; pode quebrar; ...
Leia mais sobre as locuções verbais.

Formas rizotônicas e arrizotônicas
Formas rizotônicas são formas verbais em que a sílaba tônica está no radical da palavra.

Formas arrizotônicas são formas verbais em que a sílaba tônica não está no radical da palavra, mas sim na terminação.

Verbo recear no presente do indicativo:

Eu receio (rizotônicas)
Tu receias (rizotônicas)
Ele receia (rizotônicas)
Nós receamos (arrizotônicas)
Vós receais (arrizotônicas)
Eles receiam (rizotônicas)

Regência verbal
A regência indica o tipo de relação que o verbo estabelece com os seus complementos.

Verbos transitivos diretos estabelecem regência com o objeto direto, sem a presença obrigatória de uma preposição.
Exemplos:
Comprei o livro.
Li o livro.
Perdi o livro.


Verbos transitivos indiretos estabelecem regência com o objeto indireto, com a presença obrigatória de uma preposição.
Exemplos:
Acreditei  em você.
Duvidei  de você.
Respondi  a você.


Vozes verbais
As vozes verbais indicam a posição do sujeito perante a ação verbal: se é agente ou paciente da ação expressa.
Na voz ativa o sujeito gramatical é o agente da ação:
Eu feri a minha perna.
Na voz passiva o sujeito gramatical é o paciente da ação:
A minha perna foi ferida por mim.
Na voz reflexiva o sujeito gramatical é ao mesmo tempo agente e paciente da ação.
Exemplo: 
Eu feri-me na orelha.


Aspecto verbal
O aspecto verbal se refere à forma como a ação é perspectivada.

Aspecto perfectivo: Indica uma ação completa.
Aspecto imperfectivo: Indica uma ação incompleta.
Aspecto pontual: Indica uma ação momentânea.
Aspecto durativo: Indica uma ação contínua.
Aspecto inceptivo: Indica o início da ação.
Aspecto cursivo: Indica o desenvolvimento da ação.
Aspecto terminativo: Indica o fim da ação. 
Aspecto contínuo: Indica uma ação continuada.
Aspecto descontínuo: Indica uma ação interrompida.



Advérbio
Advérbios são palavras que indicam uma circunstância. Essa circunstância (de tempo, de lugar, de modo, de intensidade,…) modifica um verbo, um adjetivo ou um advérbio.

Exemplos de advérbios:
O bebê nasceu aqui.
O bebê nasceu ontem.
O bebê nasceu de manhã.
O bebê nasceu rapidamente.
O bebê  nasceu.
O bebê não nasceu.
Primeiramente, o bebê nasceu.
Possivelmente, o bebê nasceu.

Tipos de advérbios
A classificação dos advérbios é feita conforme a circunstância que um determinado advérbio transmite.

Advérbio de lugar
 aqui;
 ali;
 atrás;
 longe;
 perto;
 embaixo;
 …
Advérbio de tempo
 hoje;
 amanhã;
 nunca;
 cedo;
 tarde;
 antes;
 …
Advérbio de modo
 bem;
 mal;
 rapidamente;
 devagar;
 calmamente;
 pior;
 …
Advérbio de afirmação
 sim;
 certamente;
 certo;
 decididamente;
 …
Advérbio de negação
 não;
 nunca;
 jamais;
 nem;
 tampouco;
 …
Advérbio de dúvida
 talvez;
 quiçá;
 possivelmente;
 provavelmente;
 porventura;
 …
Advérbio de intensidade
 muito;
 pouco;
 tão;
 bastante;
 menos;
 quanto;
 …
Advérbio de exclusão
 salvo;
 senão;
 somente;
 só;
 unicamente;
 apenas;
 …
Advérbio de inclusão
 inclusivamente;
 também;
 mesmo;
 ainda;
 …
Advérbio de ordem
 primeiramente;
 ultimamente;
 depois;
 …


Advérbios interrogativos
Alguns advérbios podem ainda ser classificados em advérbios interrogativos, sendo utilizados nas interrogações diretas e indiretas e indicando circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. 
São os advérbios:
por que? (indicando causa);
onde? (indicando lugar);
como? (indicando modo);
quando? (indicando tempo).

Exemplos uso de advérbios interrogativos:
Onde está sua carteira?
Perguntei onde estava sua carteira.

Graus dos advérbios
Os advérbios são palavras invariáveis, não sendo flexionadas em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular). Apesar disso, alguns advérbios podem ser flexionados em grau (comparativo e superlativo), similares aos graus dos adjetivos.

Grau comparativo de inferioridade é Formado por: menos + advérbio + que /do que.

Exemplo: Ele come menos lentamente do que eu.

Grau comparativo de igualdade é  formado por: tão + advérbio + quanto/ como/ quão.

Exemplo: Ele come tão lentamente como eu.
Grau comparativo de superioridade é formado por: mais + advérbio + que/ do que.

Exemplo: Ele come mais lentamente do que eu.

Grau superlativo absoluto sintético é formado por: advérbio + sufixo (normalmente sufixo -íssimo).

Exemplo: O avião chegou cedíssimo ao aeroporto.

Grau superlativo absoluto analítico é acompanhado de outro advérbio: muito + advérbio.

Exemplo: Aquele estudante escreve muito bem.

Nota: É comum a utilização de formas diminutivas em alguns advérbios, como pertinho, longinho, pouquinho, cedinho,… Esta forma diminutiva do advérbio transmite a noção de muito perto, muito longe, muito pouco, muito cedo,…

Formas irregulares
Os advérbios bem, mal, muito e pouco, assumem formas irregulares nos graus comparativo e superlativo.

Advérbio bem
comparativo: melhor, mais bem
superlativo: otimamente, muito bem

Advérbio mal
comparativo: pior, mais mal
superlativo: pessimamente, muito mal

Advérbio muito
comparativo: mais
superlativo: muitíssimo, o mais

Advérbio pouco
comparativo: menos
superlativo: pouquíssimo, o menos


Locução adverbial
Uma locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um advérbio, alterando o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio.
Exemplos de locuções adverbiais:
Aquele fã sabe de cor as letras de todas as músicas.
Em breve, estaremos viajando pelo Japão.
Gosto mais de trabalhar de noite.

Classificação das locuções adverbiais
As locuções adverbiais são, também, classificadas conforme a circunstância que expressam.

Locução adverbial de lugar
 à esquerda;
 à frente;
 ao lado;
 em cima;
 por perto;
 em volta;
 …
Locução adverbial de tempo
 pela manhã;
 de noite;
 à tarde;
 em breve;
 às vezes;
 …
Locução adverbial de modo
 em silêncio;
 de cor;
 ao contrário;
 às pressas;
 à vontade;
 …
Locução adverbial de afirmação
 com certeza;
 sem dúvida;
 por certo;
 de fato;
 …
Locução adverbial de negação
 de forma alguma;
 de modo algum;
 de jeito nenhum;
 de maneira nenhuma;
 …
Locução adverbial de intensidade
 de muito;
 de pouco;
 de todo;
 em excesso;
 …
Locução adverbial de dúvida
 com certeza;
 quem sabe;
 …




Fonte: Tufano, Douglas. Estudo de língua portuguesa: gramatica – 2. ed.  São Paulo: Moderna, 1990.
https://www.normaculta.com.br

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