Aluno (a):___________________________________________
Data: __/ __/ ____
1 - Por
que a Independência do Brasil é um dos fatos mais importantes da história do
país?
(A) Porque D. Pedro não voltou para Portugal.
(B) Porque marca o fim do domínio português e a
conquista da autonomia política.
(C) Porque D. Pedro foi aclamado o primeiro
imperador do país.
(D) Nenhuma das alternativas.
2 – Após a independência, que forma de governo
foi adotada no Brasil?
(A)
A monarquia.
(B) O anarquismo.
(C) A república.
(D) Nenhuma das
alternativas.
3 - O país que primeiro reconheceu a independência
do Brasil (07-09-1822) foi:
(A) Inglaterra.
(B) Portugal.
(C) Venezuela.
(D) Estados Unidos.
4 – O período em que D.
Pedro I se manteve no poder é conhecido como:
(A) Reinado.
(B) Primeiro Reinado.
(C) Segundo Reinado.
(D) Regência.
5 - Por que pode-se afirmar
que não houve mudanças sociais no Brasil após a proclamação da Independência?
(A) Porque a estrutura agrária continuou a
mesma.
(B) Porque a escravidão se manteve.
(C) Porque a estrutura agrária continuou a
mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual.
(D) Nenhuma das alternativas.
6 – Como o Brasil contraiu sua primeira dívida
externa?
(A) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras
emprestados à Inglaterra para pagar a Portugal como indenização pela
independência.
(B) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras
emprestados à Alemanha para pagar a Portugal como indenização pela
independência.
(C) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras
emprestados à Espanha para pagar a Portugal como indenização pela
independência.
(D) Nenhuma das alternativas.
7 – A Constituição de 1824 (outorgada por D.
Pedro I) definiu o voto aberto, somente para homens livres, maiores de 25 anos e
censitário. Isso quer dizer que:
(A) só podia se candidatar a um cargo e votar o
homem que soubesse ler e escrever.
(B) só podia se candidatar a um cargo e votar o
homem que tivesse maior idade.
(C) só os pobres podiam votar, pois o voto não era baseado em
renda.
(D) só podia se candidatar a um cargo e votar o
homem que tivesse a renda estabelecida pela lei.
8 – O que foi o período regencial?
(A) Período governado por regentes, durante a
menoridade de D. Pedro de Alcântara..
(B) Período governado por senadores, durante a
menoridade de D. Pedro de Alcântara.
(C) Período governado por deputados, durante a
menoridade de D. Pedro de Alcântara.
(D) Nenhuma das alternativas.
9 - Como foi
chamado o golpe que modificou a exigência constitucional, antecipando a maioridade
de D. Pedro II?
(A) Golpe Constitucional.
(B) Tratado de Tordesilhas.
(C) Golpe da Maioridade.
(D) Golpe Militar.
10 – . Constitui base econômica do Segundo Reinado:
(A) a borracha
(B) a indústria
(C) o açúcar
(D) o café
11 – Associe os períodos da História do Brasil
Império, listados na Coluna A, às características que os identificam, indicadas
na Coluna B.
COLUNA A
1. Primeiro Reinado (1822 a 1831)
2. Período Regencial (1831 a 1840)
3. Segundo Reinado (1840 a 1889)
COLUNA B
( )
O país foi governado por regentes, até
D. Pedro II atingir a maioridade.
( )
O Imperador enfrentou muitas dificuldades para governar o Brasil, em parte por
causa do seu autoritarismo.
( )
Foi um período de grandes transformações no país
e marcado por importantes conflitos, como a Guerra do Paraguai.
12 -
A Constituição imperial brasileira,
promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento
do sistema político imperial tais como o(a):
(A) equilíbrio dos poderes com o controle
constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas.
(B) ampla participação política de todos os
cidadãos, com exceção dos escravos.
(C) autonomia das Províncias e, principalmente,
dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país.
(D) predominância do poder do imperador
sobre todo o sistema através do Poder Moderador.
13 - Marque V para as frases
verdadeiras e F para as falsas.
a) ( )
Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho Pedro de
Alcântara.
b) ( )
Embora fosse maior de idade, o príncipe ficou sob os cuidados de José
Bonifácio.
c) ( )
Após a abdicação do imperador, o Brasil passou a ser governado por regentes
nomeados pela Assembleia Legislativa.
d) ( ) O
período regencial estendeu-se de 1831 a 1840.
14 – Escreva F
para a afirmação falsa.
( )
Constituição é a Lei máxima
de um país que, estabelece os principais direitos e
deveres dos cidadãos.
( ) O
desenvolvimento da lavoura cafeeira e
a passagem do trabalho escravo
para o trabalho livre aconteceu no
Segundo Império.
( ) O Brasil passou por uma grave crise política e
diversas revoltas durante o período regencial.
( ) Proclamação da República colocou fim na monarquia do
Brasil.
( ) O
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou
no Segundo Império.
( ) A
Constituição de 1824 ficou vigente por 65 anos, até a proclamação da República
em 1889.
Gabarito
1 – B
2 – C
3 - D
4 – B
5 – C
6 – A
7 – D
8 – A
9 – C
10 – D
11 - (2)
(1)
(3)
12 – D
13 – (V)
(F)
(V)
(V)
14 – (v)
(v)
(v)
(v)
(F)
(V)
Lembrando
Independência do Brasil
A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política.
Embora pareça um pouco
estranho, pode-se afirmar que a independência do Brasil se iniciou com a
chegada da Corte Portuguesa, em 1808. Em terras brasileiras, D. João realizou
uma série de medidas que, posteriormente, justificariam o desejo da elite
brasileira pela independência. A abertura dos portos às nações amigas, a
reforma urbanística no Rio de Janeiro, a criação da Academia Militar, do Banco
do Brasil e da Imprensa Régia, entre outros fatores deram ares de metrópole ao
Brasil e abriram caminho para o processo da independência. E assim, Dom João VI
cumpria fielmente os tratados com a Inglaterra, que havia se comprometido de
defender Portugal das tropas de Napoleão e proteger a família Real no litoral
Brasileiro.
Mas essas mudanças trouxeram revoltas a elite
portuguesa que queria que o Brasil voltasse a ser colônia, dependendo totalmente
de Portugal. Em agosto de 1820 ocorreu a Revolução
Liberal do Porto. Essa reforma daria limite aos poderes do Rei e
transformaria novamente o Brasil numa colônia.
Os revolucionários
portugueses exigiam a volta do Rei Dom João VI para legitimar as transformações
que aconteciam. Com medo de perder sua autoridade de rei, ele nomeou o filho
Dom Pedro I como príncipe regente do Brasil. E retornou a Portugal em 1821.
No mesmo ano (1821),
quando as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa mostraram a ideia
de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao
Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram
uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro. Uma das
exigências era seu retorno imediato a Portugal.
Os
liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir
assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, pressionariam D. Pedro a
ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens
emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: “Se é
para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo
que fico.”
Após o Dia do Fico, D.
Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam
caminho para a independência do Brasil. Ele convocou uma Assembleia
Constituinte, organizou a Marinha de Guerra e obrigou as tropas de Portugal a
voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria
colocada em vigor sem o "cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação.
Além disso, o futuro imperador do Brasil conclamava o povo a lutar pela
independência.
O príncipe fez uma
rápida viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade,
que estavam preocupados com os últimos acontecimentos, pois acreditavam que
tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social no país. Durante a
viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal, que anulava a Assembleia
Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Estas notícias,
chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São
Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou:
"Independência ou Morte!". Este fato histórico ocorreu no dia 7 de
setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de
1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
O pós Independência
Dom Pedro foi coroado
imperador do Brasil quase três meses depois, no dia 1° de dezembro de 1822, com
título de D. Pedro I.
Os
EUA reconheceram a independência do Brasil em 1924, seguindo os preceitos da
Doutrina Monroe, “A América para os americanos”.
Na Europa, Portugal reconheceu a independência em 1825, mediante duas
exigências: o pagamento de uma indenização (o início da história de nossa dívida externa.) e a
garantia de privilégios comerciais. Já a Inglaterra reconheceu em 1826, também
com duas exigências: renovação dos tratados de 1810 e a extinção, dentro de 3
anos, do tráfico negreiro. E gradativamente as outras monarquias europeias
foram acatando a decisão portuguesa,
e reconhecendo o Brasil como um país independente.
Em grande parte do país
houve tranquilidade, aceitação e até comemoração em relação à independência
brasileira. Porém, em algumas províncias, principalmente do Nordeste, ocorreram
manifestações e revoltas, organizadas por portugueses, que não queriam a
ruptura com Portugal. Militares brasileiros foram enviados para estas regiões e
combateram estes movimentos, que ficaram conhecidos como "As Guerras de
Independência do Brasil".
A
estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição
de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi
a camada que mais se beneficiou.
O Brasil manteve o
regime monárquico (a única monarquia a se consolidar em nosso continente no
pós-independência), não alterava sua economia agroexportadora, continuava
privilegiando os latifundiários e mantinha a base da mão de obra na escravidão.
Surgimento do Brasil
enquanto nação independente; construção da nacionalidade “brasileira”.
Constituição de 1824
A
Constituição Federal de 1824 foi a primeira Constituição do Brasil. Foi a que
existiu durante o período da monarquia brasileira recebeu o nome oficial de
Constituição Política do Império do Brasil.
Essa
Constituição foi feita por uma assembleia constituinte e foi outorgada pelo
imperador Dom Pedro I no dia 25 de março de 1824. A outorga da Constituição
aconteceu 2 anos depois que o Brasil foi emancipado e deixou de ser uma colônia
de Portugal.
A
Constituição de 1824 ficou vigente por 65 anos, até a proclamação da República
em 1889. Foi a Constituição que ficou mais tempo vigente no país.
Algumas características da constituição
de 1824:
·
Nomeava o país como “Império do Brasil”.
·
Carta constitucional outorgada e imposta.
·
Império com monarquia hereditária e constitucional de Estado
Centralizado.
·
Igreja Católica ligada ao Estado. Mas era permitido o culto a
outras religiões.
·
Dividido em quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e
Moderador.
·
Poder
Moderador: Colocava Dom Pedro I acima de tudo e de todos. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros
poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do
governo brasileiro.
·
Criação do Conselho de Estado, composto por
conselheiros escolhidos pelo imperador.
·
Manutenção da divisão territorial nacional em
províncias.
·
O imperador tinha o direito de não responder na
justiça por seus atos.
·
Eleição indireta.
·
Voto somente para homem livre, maior de 25 anos e com renda
superior a 100 mil réis por ano.
·
Cargo de senador era vitalício e somente para indivíduos com renda
superior a 800 mil réis por ano.
·
Composta de 179 artigos e durou 65 anos.
Os quatro poderes
A
constituição declarava que o Brasil estava a mando de quatro poderes:
·
Poder
Legislativo: Responsáveis pela formação das leis do Império, eram formados
por deputados e senadores, que possuíam cargo vitalício;
·
Poder Executivo: Era
chefiado pelo próprio imperador D. Pedro I e pelos ministros nomeados por ele;
·
Poder Judiciário: Seu órgão
máximo era o Supremo Tribunal de Justiça, e era composto por magistrados
indicados pessoalmente pelo imperador, pessoas de sua confiança, formado por
juízes de tribunais;
·
Poder Moderador: Era
responsável por vigiar as demais instâncias e possuía o poder de anular as
decisões de quaisquer um dos outros três poderes, quem ficava responsável por
exercer tal função era o próprio D. Pedro I.
Primeiro Reinado
O Primeiro
Reinado
foi a fase inicial do período
monárquico do Brasil após a independência.
Esse período se iniciou com a declaração da independência por Dom Pedro I (1822) e se findou em 1831, com a abdicação
do imperador.
O
governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a
independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais,
oposições políticas internas.
Uma das primeiras
iniciativas do imperador brasileiro foi criar e promulgar uma nova Constituição
para o país, ao mesmo tempo, aumentar e consolidar seu poder político e frear
iniciativas revolucionárias que já estavam acontecendo no Brasil.
Esse
periodo (1822-1831)
da História do Brasil foi marcado por sérios conflitos de
interesses. De um lado, os que desejavam preservar as estruturas
socioeconômicas vigentes. Do outro, D. Pedro I, pretendendo aumentar e reforçar
o seu próprio poder, evidenciado na marca característica da Constituição Outorgada de 1824: o Poder
Moderador, exclusivo do imperador.
A política autoritária
de D. Pedro I sofreu forte oposição na imprensa e na Câmara dos Deputados. A
situação daí resultante, agravada pelos problemas econômicos e financeiros do
país, minou a popularidade do imperador. Este, apesar do apoio de alguns
setores da sociedade, como o Partido Português, não conseguiu reverter a crise.
Assim, na madrugada do dia 7 de abril de 1831, declarou sua abdicação ao trono em favor do filho
menor, o príncipe imperial D. Pedro de Alcântara.
A abdicação de Dom Pedro I
Vários fatores contribuíram para
aumentar a impopularidade do Imperador D. Pedro I. Os principais, que
provocaram a crise e a consequente abdicação do imperador, foram:
·
Dissolução
da Assembleia Constituinte (1823).
·
Outorgação
da Constituição de 1824.
·
O
Imperador D. Pedro I era autoritário, dando ao seu governo um caráter
absolutista.
·
Morte do
líder da Confederação do Equador. O carrasco negara-se a enforcar Frei Caneca.
O Imperador D. Pedro I, autoritariamente, mandou, então, fuzilá-lo.
·
Gastos
desnecessários com os Nacionalistas da Província Cisplatina. Esta região ficou
independente e passou a chamar-se República Oriental do Uruguai (1828).
·
Assassinato
do jornalista Líbero Badaró, do jornal O Observador Constitucional, que
criticava o governo autoritário e intransigente de D. Pedro I (1830).
·
Conflito envolvendo os comerciantes
portugueses e os grupos agrários brasileiros. Este episódio ficou conhecido
como a "Noite das Garrafadas" (1831).
·
Deposição do Ministério dos Brasileiros, políticos
ligados aos grupos agrários e a nomeação do Ministério dos Marqueses,
comerciantes portugueses, que apoiavam o imperador D. Pedro I (1831).
Período Regencial
O Período Regencial é
uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o
imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D.
Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do
período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes,
até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).
Durante esse período a vida política do país era dominada por três
grupos políticos: os restauradores, que lutavam pela volta de D Pedro I
e defendiam o regime absolutista. Os liberais moderados, que defendiam a
monarquia, mas sem absolutismo; queria manter a escravidão e a ordem nacional.
E finalmente, os liberais exaltados, que lutavam pela descentralização
do poder e pela autonomia administrativa das províncias.
A regência que
começou sendo composta por três membros chegou ao fim do período sendo composta
por apenas um regente. Dessa forma, passou-se da Regência Trina para Regência
Una.
A importância desse
período da história brasileira se efetivou em decorrência dos esforços
realizados pela elite agrária em manter seu poder e garantir a construção do
Estado nacional de forma unificada.
Regentes que governaram o
Brasil no período:
- Regência Trina Provisória (1831): regentes
Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de Caravelas.
- Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve
como regentes José da Costa Carvalho, João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e
Silva.
- Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve
como regente Diogo Antônio Feijó.
- Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve
como regente Pedro de Araújo Lima.
- Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840):
teve como regente Pedro de Araújo Lima.
Um período tumultuado
O
Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o
período regencial.
Crise politica
A
crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo
entre diversos grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I
ao poder); Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e
Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto
para todas as pessoas).
Revoltas
As
revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande
parte da população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu
poder e serem atendidas pelo governo.
Principais revoltas do período:
·
Cabanagem
(1835-40, Grão-Pará) - Conflitos entre adeptos de português e os defensores do
governo central. Motivos: Insatisfação em relação à centralização do poder pelo
governo regencial. Péssimas condições de vida da população local mais
empobrecida. Defendiam a ruptura em relação ao governo central e a instauração
da república e do federalismo, com voto universal, com traços que lembrar um
sistema democrático. Trata-se efetivamente da primeira revolta popular a
alcançar o poder no Brasil. que tenha levado a morte 30% dos habitantes da
província.
·
Sabinada
(1837-1838, Bahia) - Expressa o
descontentamento em relação ao governo central e a centralização do poder. Inicialmente
defendia a separação da Bahia em relação ao governo central, mas posteriormente
passaram a defender a separação da província somente até D. Pedro II completar
18 anos e alcançar a maioridade, tornando-se efetivamente o imperador do
Brasil. Não havia um projeto específico para a libertação dos escravos, mas os
líderes do movimento admitiam a possibilidade de libertar os escravos nascidos
no Brasil que pegassem em armas para defender a província. Trata-se do mais
importante movimento social em defesa da monarquia durante o período regencial.
·
Balaiada
(1838-1841, no Maranhão) – Inicialmente
um movimento de elite, de oposição dos setores liberais em relação aos setores
conservadores, o movimento acabou ganhando grande proporção e envolvendo
diversos extratos sociais, inclusive com a participação de pobres e escravos.
Motivos Insatisfação com o monopólio dos
cargos públicos pelos conservadores que governavam a província. A exploração
dos grandes proprietários de terras em relação aos homens pobres do Maranhão.
Ainda, revolta em relação ao recrutamento forçado de homens para servir nas
tropas oficiais.
·
A
revolta do Malês (Salvador, 1835) - Motivos:
Descontentamento com a proibição de suas manifestações religiosas, com a
destruição de uma mesquita e a proibição de uma festa islâmica em 1834. Durou menos de 24 horas, mas é única no sentido de
ter sido feita por escravos muçulmanos, chamados de malês. Estes escravos
queriam liberdade religiosa e a independência da região da Bahia onde moravam. Eles contavam com o apoio de alguns
trabalhadores livres, mas o movimento foi delatado e violentamente reprimido.
Ao final, 70 escravos foram mortos 200 presos.
·
A Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul,
1835-45) – Foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e
com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do
Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845. Teve fim em 1845, já no reinado de D. Pedro II. Motivos: Descontentamento político com o governo
imperial brasileiro; busca por parte dos
liberais por maior autonomia para as províncias; revolta com os altos impostos
cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do
Rio Grande do Sul naquela época; a entrada (concorrência) do charque e couro de
outros países, com preços baratos, que dificultava o comércio destes produtos
por parte dos comerciantes sulistas. Os objetivos: elevação
do imposto sobre as carnes de charque que vinham de outros países,
principalmente de Uruguai; redução
dos impostos das carnes de charque produzidas no Rio Grande do Sul; mais autonomia
para a escolha do presidente da província, um que viesse a atender seus anseios
econômicos.
O fim
do conflito - Em 1845 os farrapos aceitam a “paz honrosa”,
que incluía algumas das suas reivindicações: incorporação dos oficiais
farroupilhas ao exército imperial, anistia, liberdade aos escravos que haviam
lutado ao lado dos farroupilhas e diminuição dos impostos no Rio Grande do Sul.
O fim do
período Regencial no Brasil
A crise política do
país, bem como as revoltas que estouraram por toda parte, foi atribuída
principalmente à instabilidade que a falta de um governante trouxe para o país.
Dessa forma, a maioridade do príncipe D. Pedro de Alcântara foi antecipada, no
que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que foi aplicado pelo
Senado e com apoio do Partido Liberal. O governo foi então passado para o
Imperador, que se tornou D. Pedro II, como tentativa de restauração da ordem e
fim das revoltas no país.
Segundo Reinado
O Segundo Reinado é a
fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve
início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro
de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo.
Este período terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da
República.
O
governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças
sociais, política e econômicas no Brasil.
Política
no Segundo Reinado
A política no Segundo Reinado
foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois
partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste
período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os
integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições
eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a
eleição.
Término
da Guerra dos Farrapos
Quando o imperador assumiu o império a Revolução Farroupilha
estava em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul
conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da
revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias
utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845,
obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na
Revolução Farroupilha.
Revolução
Praieira
A Revolução Praieira
foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco,
entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o
Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do
jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na
rua da Praia.
Guerra
do Paraguai
Conflito armado
em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai)
com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai
a derrota e a ruína.
Ciclo
do café
Na segunda metade do
século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro,
sendo também muito consumido no mercado interno.
Os
fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o
comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso.
Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de
industrialização do Brasil.
Imigração
Muitos imigrantes
europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos
cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem
a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar
em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também
foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas
indústrias.
Questão
abolicionista
-
Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no
Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livres os
filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade
aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa
Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Crise do
Império
A crise do Segundo Reinado teve início já no começo da década de
1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
- Interferência de D.Pedro II em questões
religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no
país;
- Críticas e oposição feitas por
integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a
corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos
com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não
podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da
Guerra;
- A classe média brasileira (funcionário
públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas,
comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos
políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social
passou a apoiar a implantação da República no país;
- Falta de apoio dos proprietários
rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter
maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de
regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da
escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.
Fim da Monarquia e a Proclamação da República
Em 15 de novembro
de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu
o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca
assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo
provisório.
No dia 18 de
novembro, D. Pedro II e a família
imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República
Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o
cargo de presidente do Brasil
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