sábado, 29 de junho de 2019



Aluno (a):___________________________________________
Data: __/ __/ ____                



1 -  Por que a Independência do Brasil é um dos fatos mais importantes da história do país?

(A) Porque D. Pedro não voltou para Portugal.
(B) Porque marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política.
(C) Porque D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do país.
(D) Nenhuma das alternativas.

2 – Após a independência, que forma de governo foi adotada no Brasil?

(A) A monarquia.
(B) O anarquismo.
(C) A república.
(D) Nenhuma das alternativas.


3 - O país que primeiro reconheceu a independência do Brasil (07-09-1822) foi:

(A) Inglaterra.
(B) Portugal.
(C) Venezuela.
(D) Estados Unidos.

4 – O período em que D. Pedro I se manteve no poder é conhecido como:

(A) Reinado.
(B) Primeiro Reinado.
(C) Segundo Reinado.
(D) Regência.

5 - Por que pode-se afirmar que não houve mudanças sociais no Brasil após a proclamação da Independência?

(A) Porque a estrutura agrária continuou a mesma.
(B) Porque a escravidão se manteve.
(C) Porque a estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual.
(D) Nenhuma das alternativas.

6 – Como o Brasil contraiu sua primeira dívida externa?

(A) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras emprestados à Inglaterra para pagar a Portugal como indenização pela independência.
(B) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras emprestados à Alemanha para pagar a Portugal como indenização pela independência.
(C) O Brasil pediu cerca de 2 milhões de libras emprestados à Espanha para pagar a Portugal como indenização pela independência.
(D) Nenhuma das alternativas.

7 – A Constituição de 1824 (outorgada por D. Pedro I) definiu o voto aberto, somente  para homens livres, maiores de 25 anos e censitário. Isso quer dizer que:
(A) só podia se candidatar a um cargo e votar o homem que soubesse ler e escrever.
(B) só podia se candidatar a um cargo e votar o homem que tivesse maior idade.
(C) só os  pobres  podiam votar, pois o voto não era baseado em renda.
(D) só podia se candidatar a um cargo e votar o homem que tivesse a renda estabelecida pela lei.       

8 – O que foi o período regencial?

(A) Período governado por regentes, durante a menoridade de D. Pedro de Alcântara..
(B) Período governado por senadores, durante a menoridade de D. Pedro de Alcântara. 
(C) Período governado por deputados, durante a menoridade de D. Pedro de Alcântara.
(D) Nenhuma das alternativas. 

9 - Como foi chamado o golpe que modificou a exigência constitucional, antecipando a maioridade de D. Pedro II?


(A) Golpe Constitucional.
(B) Tratado de Tordesilhas.
(C) Golpe da Maioridade.
(D) Golpe Militar.
 
10 – . Constitui base econômica do Segundo Reinado:

(A) a borracha
(B) a indústria
(C) o açúcar
(D) o café

11 – Associe os períodos da História do Brasil Império, listados na Coluna A, às características que os identificam, indicadas na Coluna B.

COLUNA A
1. Primeiro Reinado (1822 a 1831)
2. Período Regencial (1831 a 1840)
3. Segundo Reinado (1840 a 1889)

COLUNA B
(   ) O país foi  governado por regentes, até D. Pedro II atingir a maioridade.
(   ) O Imperador enfrentou muitas dificuldades para governar o Brasil, em parte por causa do seu autoritarismo.
(   ) Foi um período de grandes transformações no país e marcado por importantes conflitos, como a Guerra do Paraguai.

12 -  A Constituição imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial tais como o(a):

(A) equilíbrio dos poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas.
(B) ampla participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos.
(C) autonomia das Províncias e, principalmente, dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país.
(D) predominância do poder do imperador sobre todo o sistema através do Poder Moderador. 

13 - Marque V para as frases verdadeiras e F para  as  falsas.

a) (  ) Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro em favor de seu filho Pedro de Alcântara.
b) (  ) Embora fosse maior de idade, o príncipe ficou sob os cuidados de José Bonifácio.
c) (  ) Após a abdicação do imperador, o Brasil passou a ser governado por regentes nomeados pela Assembleia Legislativa.
d) (  ) O período regencial estendeu-se de 1831 a 1840.

14 – Escreva   F para a  afirmação  falsa.

(    ) Constituição é  a  Lei máxima  de  um  país que, estabelece os principais  direitos e  deveres  dos  cidadãos.
(    ) O desenvolvimento da lavoura cafeeira e   a  passagem do trabalho escravo para  o trabalho livre aconteceu no Segundo  Império.
(    ) O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.
(    ) Proclamação da República colocou fim na monarquia do Brasil.
(    ) O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou  no  Segundo Império.
(   )  A Constituição de 1824 ficou vigente por 65 anos, até a proclamação da República em 1889.

Gabarito

1 – B
2 – C
3 - D
4 – B
5 – C
6 – A
7 – D
8 – A
9 – C
10 – D
11 - (2)
         (1)
         (3)
12 – D
13 – (V)
         (F)
         (V)
         (V)
14 – (v)
        (v)
        (v)
        (v)
        (F)
        (V)


Lembrando


Independência do Brasil

   
          A Independência do Brasil é um dos fatos históricos mais importantes de nosso país, pois marca o fim do domínio português e a conquista da autonomia política.
Embora pareça um pouco estranho, pode-se afirmar que a independência do Brasil se iniciou com a chegada da Corte Portuguesa, em 1808. Em terras brasileiras, D. João realizou uma série de medidas que, posteriormente, justificariam o desejo da elite brasileira pela independência. A abertura dos portos às nações amigas, a reforma urbanística no Rio de Janeiro, a criação da Academia Militar, do Banco do Brasil e da Imprensa Régia, entre outros fatores deram ares de metrópole ao Brasil e abriram caminho para o processo da independência. E assim, Dom João VI cumpria fielmente os tratados com a Inglaterra, que havia se comprometido de defender Portugal das tropas de Napoleão e proteger a família Real no litoral Brasileiro.
         Mas essas mudanças trouxeram revoltas a elite portuguesa que queria que o Brasil voltasse a ser colônia, dependendo totalmente de Portugal. Em agosto de 1820 ocorreu a Revolução Liberal do Porto.  Essa  reforma daria limite aos poderes do Rei e transformaria novamente o Brasil numa colônia.
Os revolucionários portugueses exigiam a volta do Rei Dom João VI para legitimar as transformações que aconteciam. Com medo de perder sua autoridade de rei, ele nomeou o filho Dom Pedro I como príncipe regente do Brasil. E retornou a Portugal em 1821.
No mesmo ano (1821), quando as Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa mostraram a ideia de transformar o Brasil de novo numa colônia, os liberais radicais se uniram ao Partido Brasileiro tentando manter a autoridade do Brasil. As Cortes mandaram uma nova decisão enviada para o príncipe regente D. Pedro. Uma das exigências era seu retorno imediato a Portugal.
        Os liberais radicais, em resposta, organizaram uma movimentação para reunir assinaturas a favor da permanência do príncipe. Assim, pressionariam D. Pedro a ficar, juntando 8 mil assinaturas. Foi então que, contrariando as ordens emanadas por Portugal para seu retorno à Europa, declarou para o público: Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico.” 
Após o Dia do Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradaram a metrópole, pois preparavam caminho para a independência do Brasil. Ele  convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra e obrigou as tropas de Portugal a voltarem para o reino. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor sem o "cumpra-se", ou seja, sem a sua aprovação. Além disso, o futuro imperador do Brasil conclamava o povo a lutar pela independência.
O príncipe fez uma rápida viagem a Minas Gerais e a São Paulo para acalmar setores da sociedade, que estavam preocupados com os últimos acontecimentos, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma desestabilização social no país. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta de Portugal, que anulava a Assembleia Constituinte e exigia a volta imediata dele para a metrópole.
Estas notícias, chegaram as mãos de D. Pedro quando este estava em viagem de Santos para São Paulo. Próximo ao riacho do Ipiranga, levantou a espada e gritou: "Independência ou Morte!". Este fato histórico ocorreu no dia 7 de setembro de 1822 e marcou a Independência do Brasil. No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado imperador do Brasil.
        



O pós Independência

Dom Pedro foi coroado imperador do Brasil quase três meses depois, no dia 1° de dezembro de 1822, com título de  D. Pedro I.
         Os EUA reconheceram a independência do Brasil em 1924, seguindo os preceitos da Doutrina Monroe, “A América para os americanos”. Na Europa, Portugal reconheceu a independência em 1825, mediante duas exigências: o pagamento de uma indenização (o início da história de nossa dívida externa.)  e a garantia de privilégios comerciais. Já a Inglaterra reconheceu em 1826, também com duas exigências: renovação dos tratados de 1810 e a extinção, dentro de 3 anos, do tráfico negreiro. E gradativamente as outras monarquias europeias foram acatando a decisão portuguesa, e reconhecendo o Brasil como um país independente.
Em grande parte do país houve tranquilidade, aceitação e até comemoração em relação à independência brasileira. Porém, em algumas províncias, principalmente do Nordeste, ocorreram manifestações e revoltas, organizadas por portugueses, que não queriam a ruptura com Portugal. Militares brasileiros foram enviados para estas regiões e combateram estes movimentos, que ficaram conhecidos como "As Guerras de Independência do Brasil".
         A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte a D. Pedro I, foi a camada que mais se beneficiou. 
O Brasil manteve o regime monárquico (a única monarquia a se consolidar em nosso continente no pós-independência), não alterava sua economia agroexportadora, continuava privilegiando os latifundiários e mantinha a base da mão de obra na escravidão.
Surgimento do Brasil enquanto nação independente; construção da nacionalidade “brasileira”.



Constituição de 1824

A Constituição Federal de 1824 foi a primeira Constituição do Brasil. Foi a que existiu durante o período da monarquia brasileira recebeu o nome oficial de Constituição Política do Império do Brasil.
Essa Constituição foi feita por uma assembleia constituinte e foi outorgada pelo imperador Dom Pedro I no dia 25 de março de 1824. A outorga da Constituição aconteceu 2 anos depois que o Brasil foi emancipado e deixou de ser uma colônia de Portugal.
A Constituição de 1824 ficou vigente por 65 anos, até a proclamação da República em 1889. Foi a Constituição que ficou mais tempo vigente no país.

Algumas características da constituição de 1824:
·        Nomeava o país como “Império do Brasil”.
·        Carta constitucional outorgada e imposta.
·        Império com monarquia hereditária e constitucional de Estado Centralizado.
·        Igreja Católica ligada ao Estado. Mas era permitido o culto a outras religiões.
·        Dividido em quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador.
·        Poder Moderador: Colocava Dom Pedro I acima de tudo e de todos. Através deste poder, o imperador poderia controlar e regular os outros poderes. Assim, o imperador tinha o poder absoluto sobre todas as esferas do governo brasileiro.
·        Criação do Conselho de Estado, composto por conselheiros escolhidos pelo imperador.
·        Manutenção da divisão territorial nacional em províncias.
·        O imperador tinha o direito de não responder na justiça por seus atos.
·        Eleição indireta.
·        Voto somente para homem livre, maior de 25 anos e com renda superior a 100 mil réis por ano.
·        Cargo de senador era vitalício e somente para indivíduos com renda superior a 800 mil réis por ano.
·        Composta de 179 artigos e durou 65 anos.


Os quatro poderes
A constituição declarava que o Brasil estava a mando de quatro poderes:
·        Poder Legislativo: Responsáveis pela formação das leis do Império, eram formados por deputados e senadores, que possuíam cargo vitalício;
·        Poder Executivo: Era chefiado pelo próprio imperador D. Pedro I e pelos ministros nomeados por ele;
·        Poder Judiciário: Seu órgão máximo era o Supremo Tribunal de Justiça, e era composto por magistrados indicados pessoalmente pelo imperador, pessoas de sua confiança, formado por juízes de tribunais;
·        Poder Moderador: Era responsável por vigiar as demais instâncias e possuía o poder de anular as decisões de quaisquer um dos outros três poderes, quem ficava responsável por exercer tal função era o próprio D. Pedro I.



Primeiro  Reinado

O Primeiro Reinado foi a fase inicial do período monárquico do Brasil após a independência. Esse período se  iniciou  com a declaração da independência por Dom Pedro I  (1822)  e se findou em 1831, com a abdicação do imperador.
O governo de D. Pedro I enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas.
Uma das primeiras iniciativas do imperador brasileiro foi criar e promulgar uma nova Constituição para o país, ao mesmo tempo, aumentar e consolidar seu poder político e frear iniciativas revolucionárias que já estavam acontecendo no Brasil.
Esse periodo (1822-1831)  da História do Brasil  foi marcado por sérios conflitos de interesses. De um lado, os que desejavam preservar as estruturas socioeconômicas vigentes. Do outro, D. Pedro I, pretendendo aumentar e reforçar o seu próprio poder, evidenciado na marca característica da  Constituição Outorgada de 1824: o Poder Moderador, exclusivo do imperador.
A política autoritária de D. Pedro I sofreu forte oposição na imprensa e na Câmara dos Deputados. A situação daí resultante, agravada pelos problemas econômicos e financeiros do país, minou a popularidade do imperador. Este, apesar do apoio de alguns setores da sociedade, como o Partido Português, não conseguiu reverter a crise. Assim, na madrugada do dia 7 de abril de 1831, declarou sua abdicação ao trono em favor do filho menor, o príncipe imperial D. Pedro de Alcântara.

A abdicação de Dom Pedro I 
Vários fatores contribuíram para aumentar a impopularidade do Imperador D. Pedro I. Os principais, que provocaram a crise e a consequente abdicação do imperador, foram:
·        Dissolução da Assembleia Constituinte (1823).
·        Outorgação da Constituição de 1824.
·        O Imperador D. Pedro I era autoritário, dando ao seu governo um caráter absolutista.
·        Morte do líder da Confederação do Equador. O carrasco negara-se a enforcar Frei Caneca. O Imperador D. Pedro I, autoritariamente, mandou, então, fuzilá-lo.
·        Gastos desnecessários com os Nacionalistas da Província Cisplatina. Esta região ficou independente e passou a chamar-se República Oriental do Uruguai (1828).
·        Assassinato do jornalista Líbero Badaró, do jornal O Observador Constitucional, que criticava o governo autoritário e intransigente de D. Pedro I (1830).
·         Conflito envolvendo os comerciantes portugueses e os grupos agrários brasileiros. Este episódio ficou conhecido como a "Noite das Garrafadas" (1831).
·        Deposição do Ministério dos Brasileiros, políticos ligados aos grupos agrários e a nomeação do Ministério dos Marqueses, comerciantes portugueses, que apoiavam o imperador D. Pedro I (1831).



Período Regencial

O Período Regencial é uma época da História do Brasil entre os anos de 1831 e 1840. Quando o imperador D. Pedro I abdicou do poder em 1831, seu filho e herdeiro do trono D. Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. A Constituição brasileira do período determinava, neste caso, que o país deveria ser governado por regentes, até o herdeiro atingir a maioridade (18 anos).
Durante esse período  a vida política do país era dominada por três grupos políticos: os restauradores, que lutavam pela volta de D Pedro I e defendiam o regime absolutista. Os liberais moderados, que defendiam a monarquia, mas sem absolutismo; queria manter a escravidão e a ordem nacional. E finalmente, os liberais exaltados, que lutavam pela descentralização do poder e pela autonomia administrativa das províncias.
A regência que começou sendo composta por três membros chegou ao fim do período sendo composta por apenas um regente. Dessa forma, passou-se da Regência Trina para Regência Una.
A importância desse período da história brasileira se efetivou em decorrência dos esforços realizados pela elite agrária em manter seu poder e garantir a construção do Estado nacional de forma unificada.

Regentes que governaram o Brasil no período: 
- Regência Trina Provisória (1831): regentes Lima e Silva, Senador Vergueiro e Marquês de Caravelas.
- Regência Trina Permanente (1831 a 1835): teve como regentes José da Costa Carvalho, João Bráulio Moniz e Francisco de Lima e Silva.
- Regência Una de Feijó (1835 a 1837): teve como regente Diogo Antônio Feijó.
- Regência Interina de Araújo Lima (1837): teve como regente Pedro de Araújo Lima.
- Regência Una de Araújo Lima (1838 a 1840): teve como regente Pedro de Araújo Lima.


Um período tumultuado

         O Brasil passou por uma grave crise política e diversas revoltas durante o período regencial.

Crise politica
         A crise política deveu-se, principalmente, a disputa pelo controle do governo entre diversos grupos políticos: Restauradores (defendiam a volta de D. Pedro I ao poder); Moderados (voto só para os ricos e continuação da Monarquia) e Exaltados (queriam reformas para melhorar a vida dos mais necessitados e voto para todas as pessoas).

Revoltas
         As revoltas ocorrem basicamente por dois motivos: más condições de vida de grande parte da população (mais pobres) e vontade das elites locais em aumentar seu poder e serem atendidas pelo governo.

Principais revoltas do período: 
·        Cabanagem (1835-40, Grão-Pará) - Conflitos entre adeptos de português e os defensores do governo central. Motivos: Insatisfação em relação à centralização do poder pelo governo regencial. Péssimas condições de vida da população local mais empobrecida. Defendiam a ruptura em relação ao governo central e a instauração da república e do federalismo, com voto universal, com traços que lembrar um sistema democrático. Trata-se efetivamente da primeira revolta popular a alcançar o poder no Brasil. que tenha levado a morte 30% dos habitantes da província.

·        Sabinada (1837-1838, Bahia)  - Expressa o descontentamento em relação ao governo central e a centralização do poder. Inicialmente defendia a separação da Bahia em relação ao governo central, mas posteriormente passaram a defender a separação da província somente até D. Pedro II completar 18 anos e alcançar a maioridade, tornando-se efetivamente o imperador do Brasil. Não havia um projeto específico para a libertação dos escravos, mas os líderes do movimento admitiam a possibilidade de libertar os escravos nascidos no Brasil que pegassem em armas para defender a província. Trata-se do mais importante movimento social em defesa da monarquia durante o período regencial.

·        Balaiada (1838-1841, no Maranhão) –  Inicialmente um movimento de elite, de oposição dos setores liberais em relação aos setores conservadores, o movimento acabou ganhando grande proporção e envolvendo diversos extratos sociais, inclusive com a participação de pobres e escravos. Motivos  Insatisfação com o monopólio dos cargos públicos pelos conservadores que governavam a província. A exploração dos grandes proprietários de terras em relação aos homens pobres do Maranhão. Ainda, revolta em relação ao recrutamento forçado de homens para servir nas tropas oficiais.

·        A revolta do Malês (Salvador, 1835) -  Motivos: Descontentamento com a proibição de suas manifestações religiosas, com a destruição de uma mesquita e a proibição de uma festa islâmica em 1834. Durou  menos de 24 horas, mas é única no sentido de ter sido feita por escravos muçulmanos, chamados de malês. Estes escravos queriam liberdade religiosa e a independência da região da Bahia onde moravam. Eles contavam com o apoio de alguns trabalhadores livres, mas o movimento foi delatado e violentamente reprimido. Ao final, 70 escravos foram mortos 200 presos.

·        A Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul, 1835-45) – Foi um conflito regional contrário ao governo imperial brasileiro e com caráter republicano. Ocorreu na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, entre 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.  Teve  fim em 1845, já no reinado de D. Pedro II.   Motivos:   Descontentamento político com o governo imperial brasileiro;  busca por parte dos liberais por maior autonomia para as províncias; revolta com os altos impostos cobrados no comércio de couro e charque, importantes produtos da economia do Rio Grande do Sul naquela época; a entrada (concorrência) do charque e couro de outros países, com preços baratos, que dificultava o comércio destes produtos por parte dos comerciantes sulistas. Os objetivos: elevação do imposto sobre as carnes de charque que vinham de outros países, principalmente de Uruguai;  redução dos impostos das carnes de charque produzidas no Rio Grande do Sul;  mais autonomia para a escolha do presidente da província, um que viesse a atender seus anseios econômicos.

O fim do conflito - Em 1845 os farrapos aceitam a “paz honrosa”, que incluía algumas das suas reivindicações: incorporação dos oficiais farroupilhas ao exército imperial, anistia, liberdade aos escravos que haviam lutado ao lado dos farroupilhas e diminuição dos impostos no Rio Grande do Sul.


O fim do período Regencial no Brasil

A crise política do país, bem como as revoltas que estouraram por toda parte, foi atribuída principalmente à instabilidade que a falta de um governante trouxe para o país. Dessa forma, a maioridade do príncipe D. Pedro de Alcântara foi antecipada, no que ficou conhecido como Golpe da Maioridade, que foi aplicado pelo Senado e com apoio do Partido Liberal. O governo foi então passado para o Imperador, que se tornou D. Pedro II, como tentativa de restauração da ordem e fim das revoltas no país.



Segundo Reinado



O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao governo de D. Pedro II. Teve início em 23 de julho de 1840, com a mudança na Constituição que declarou Pedro de Alcântara maior de idade com 14 anos e, portanto, apto para assumir o governo. Este período terminou em 15 de novembro de 1889, com a Proclamação da República.
         O governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.

 Política no Segundo Reinado  
A política no Segundo Reinado foi marcada pela disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. Neste período o imperador escolhia o presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.

 Término da Guerra dos Farrapos  
Quando o imperador  assumiu o império a Revolução Farroupilha estava em pleno desenvolvimento. Havia uma grande possibilidade da região sul conseguir a independência do restante do país. Para evitar o sucesso da revolução, D.Pedro II nomeou o barão de Caxias como chefe do exército. Caxias utilizou a diplomacia para negociar o fim da revolta com os líderes. Em 1845, obteve sucesso através do Tratado de Poncho Verde e conseguiu colocar um fim na Revolução Farroupilha.

Revolução Praieira  
A Revolução Praieira foi uma revolta liberal e federalista que ocorreu na província de Pernambuco, entre os anos de 1848 e 1850. Dentre as várias revoltas ocorridas durante o Brasil Império, esta foi a última. Ganhou o nome de praieira, pois a sede do jornal dirigido pelos liberais revoltosos (chamados de praieiros) situava-se na rua da Praia.

 Guerra do Paraguai
 Conflito armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de 1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína. 

 Ciclo do café  
Na segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado interno.
       Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas, fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do Brasil. 

 Imigração 
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.

 Questão abolicionista
  - Lei Eusébio de Queiróz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livres os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
   
Crise do Império
  A crise do Segundo  Reinado teve início já no começo da década de 1880. Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
 - Interferência de D.Pedro II em questões religiosas, gerando um descontentamento nas lideranças da Igreja Católica no país;
 - Críticas e oposição feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que mostravam-se descontentes com a corrupção existente na corte. Além disso, os militares estavam insatisfeitos com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam dar declarações na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
 - A classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar a implantação da República no país;
 - Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico. Fazendeiros de regiões mais pobres do país também estavam insatisfeitos, pois a abolição da escravatura, encontraram dificuldades em contratar mão-de-obra remunerada.




Fim da Monarquia e a Proclamação da República

 Em 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu presidente. No final do dia, Deodoro da Fonseca assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando um governo provisório.
 No dia 18 de novembro, D.         Pedro II e a família imperial brasileira viajaram para a Europa. Era o começo da República Brasileira com o Marechal Deodoro da Fonseca assumindo, de forma provisória, o cargo de presidente do Brasil

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