segunda-feira, 5 de novembro de 2018


As árvores e o machado
                                                                                           Esopo

         Um homem foi à floresta e pediu às árvores, para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo. O conselho das árvores então concorda com o seu pedido, e lhe ofertam uma jovem árvore para este fim. 
E logo que o homem coloca o novo cabo no machado, começa furiosamente a usá-lo, e em pouco tempo, já havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores daquele bosque. 
Um velho Carvalho, observando a destruição à sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho: 
O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, também teríamos preservado os nossos, e poderíamos ficar de pé, ainda por muitos anos.   
                    
Moral da História:  Quem menospreza seu semelhante, não deve se surpreender se um dia, outros fizerem o mesmo consigo.

1)  O que pretendia o homem ao ir à floresta?
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2)  Após conseguir o que queria, o homem começou a praticar algumas ações. Essas ações foram boas? Por quê?
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3) Quem foi sacrificada para que houvesse um novo machado?
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4)  As árvores, ao atender ao pedido, foi solidária ao homem, mas obteve sérias consequências. Quais?
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5) Você concorda com a moral da história? Justifique sua resposta.
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6) Releia o primeiro   parágrafo   do texto e preencha o  quadro  corretamente.
Substantivos comuns
verbos
Adjetivos
Pronomes oblíquos








5) Retire do texto os pronomes e classifique-os.
Pronomes possessivos
Pronomes demonstrativos
Pronomes indefinidos












RELEMBRANDO

Pronomes pessoais oblíquos


Os pronomes pessoais do caso oblíquo assumem, maioritariamente, a função de objeto direto ou objeto indireto, podendo ser tônicos ou átonos.
Pronomes pessoais oblíquos tônicos

Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma preposição, como: para, a, de e com. Devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto indireto. As formas contraídas comigo, contigo, conosco,… podem ainda assumir a função de adjunto adverbial de companhia.

Pronomes pessoais oblíquos tônicos
1.ª pessoa do singular - mim, comigo
2.ª pessoa do singular - ticontigo
3.ª pessoa do singular - eleelasiconsigo
1.ª pessoa do plural - nósconosco
2.ª pessoa do plural - vósconvosco
3.ª pessoa do plural - eleselassi, consigo

Exemplos de uso dos pronomes oblíquos tônicos

Você comprou esta blusa para mim? (objeto indireto)
Você sabe que eu gosto de ti. (objeto indireto)
Amanhã vou ao cinema contigo. (adjunto adverbial)
Pronomes pessoais oblíquos átonos

Os pronomes pessoais oblíquos átonos não são precedidos de uma preposição. Podem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as, se) ou de objeto indireto (lhe, lhes).

Pronomes pessoais oblíquos átonos
1.ª pessoa do singular - me
2.ª pessoa do singular - te
3.ª pessoa do singular - oaselhe
1.ª pessoa do plural - nos
2.ª pessoa do plural - vos
3.ª pessoa do plural - osasselhes

Exemplos de uso dos pronomes oblíquos átonos

Eu comprei-o numa loja no centro da cidade. (objeto direto)
Meu pai não a viu em lugar nenhum. (objeto direto)
O diretor ligou-lhe, mas ele não atendeu o telefone. (objeto indireto)
A professora não lhes deu mais nenhuma oportunidade. (objeto indireto)
Colocação dos pronomes oblíquos átonos

A ligação dos pronomes pessoais oblíquos átonos aos verbos pode ser feita através de:
próclise (antes do verbo): não me ofereceram.
mesóclise (intercalado no meio do verbo): oferecer-nos-ão.
ênclise (depois do verbo): ofereceram-me.

Alterações nos pronomes oblíquos átonos
Conforme o verbo a que estão ligados, os pronomes pessoais oblíquos átonos podem sofrer alterações.
Quando a forma verbal termina em -r, -s ou -z, os pronomes oblíquos átonos assumem as formas lo, la, los, las:
Ela vai seduzi-lo rapidamente.
E o bolo? Tu faze-lo bem?
Os papéis? Ele trá-los amanhã de manhã.
Quando a forma verbal termina em -m ou noutro som nasal, os pronomes oblíquos átonos assumem as formas no, na, nos, nas:
Fizeram-nos esperar muito!
Eles esperam-na apenas amanhã.


Pronomes possessivos

Pronomes possessivos indicam, principalmente, uma relação de posse, ou seja, indicam que alguma coisa pertence a uma das pessoas do discurso. A forma que o pronome possessivo assume concorda com a pessoa gramatical a que se refere (1.ª, 2.ª ou 3.ª pessoa do discurso) e varia em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) de acordo com aquilo que é possuído.
1.ª pessoa do singular (eu) - meu, minha, meus, minhas
2.ª pessoa do singular (tu) - teu, tua, teus, tuas
3.ª pessoa do singular (ele/ela) - seu, sua, seus, suas
1.ª pessoa do plural (nós) - nosso, nossa, nossos, nossas
2.ª pessoa do plural (vós) - vosso, vossa, vossos, vossas
3.ª pessoa do plural (eles/elas) - seu, sua, seus, suas

Exemplos de concordância dos pronomes possessivos:

Eu não dormi na minha cama.
Tu não dormiste no teu quarto.
Você não dormiu na sua cama.
Nós não dormimos no nosso quarto.
Vós não dormistes na vossa cama.
Eles não dormiram nos seus quartos.

No caso do pronome possessivo determinar vários substantivos, deverá concordar em gênero e número com o substantivo que estiver mais próximo: Nós trouxemos nossas roupas, sapatos e equipamento.

É facultativa a utilização de um artigo definido antes dos pronomes possessivos:
Meu irmão é muito bonito.
O meu irmão é muito bonito.
O diretor não ouviu minha intervenção.
O diretor não ouviu a minha intervenção.

Os pronomes possessivos, além da noção de posse, podem transmitir uma ideia de respeito, afeto, ofensa ou cálculo aproximado:
Não se preocupe, minha senhora, nós resolveremos o assunto. (respeito)
Meu filho, por favor, tenha cuidado! (afeto)
Seu irresponsável, você podia ter morrido! (ofensa)
Aquela estátua já deve ter seus 15 anos. (cálculo aproximado)

Em algumas situações, os pronomes pessoais oblíquos podem assumir valores equivalentes aos pronomes possessivos:
A chuva molhou-te o cabelo. (Molhou o teu cabelo).
Agarrei-lhe a mão. (Agarrei a sua mão).

Ambiguidade na utilização de alguns pronomes possessivos
A utilização dos pronomes possessivos na 3.ª pessoa do singular ou do plural (seu, sua, seus, suas) pode originar dúvidas quando ao elemento possuidor. Para evitar ambiguidades, utilizam-se as formas contraídas dele, dela, deles, delas.


Exemplo de ambiguidade de possuidor:

A professora proibiu que o aluno utilizasse seu dicionário.
(O dicionários é da professora ou do aluno?)

Exemplo de utilização das formas contraídas dele, dela, deles, delas:

A professora proibiu que o aluno utilizasse o dicionário dele.
A professora proibiu que o aluno utilizasse o dicionário dela.

Pronomes possessivos adjetivos e substantivos
Os pronomes possessivos podem ser classificados ainda em pronome possessivo adjetivo, quando acompanha, determina e modifica os substantivos, e em pronome possessivo substantivo, quando substitui o substantivo numa frase.
Meu filho é indisciplinado. (pronome possessivo adjetivo)
Aquela caneta é a minha. (pronome possessivo substantivo)

Atenção!
Na frase “Seu Antônio, o senhor chegará hoje ou manhã?”, a palavra seu não é um pronome possessivo, é uma alteração fonética da palavra senhor.


Pronomes demonstrativos


Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular). Possuem ainda uma finalidade expressiva, reforçando algum termo anteriormente mencionado.

Pronomes demonstrativos variáveis:
1.ª pessoa: este, esta, estes, estas
2.ª pessoa: esse, essa, esses, essas
3.ª pessoa: aquele, aquela, aqueles, aquelas

Pronomes demonstrativos invariáveis:
1.ª pessoa: isto
2.ª pessoa: isso
3.ª pessoa: aquilo

Pronomes demonstrativos combinados com preposições
Os pronomes demonstrativos contraem-se com as preposições a, em e de.

Pronomes demonstrativos contraídos com preposições:
Preposição a – àquele, àquela, àqueles, àquelas, àquilo.
Preposição em – neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse, nessa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, naqueles, naquelas, naquilo.
Preposição de – deste, desta, destes, destas, disto, desse, dessa, desses, dessas, disso, daquele, daquela, daqueles, daquelas, daquilo.
Exemplos:
Eu moro nesta casa.
Não gosto dessa sua maneira de ser.
Entregue seu teste àquele professor.

Regras de utilização dos pronomes demonstrativos
Este, esta, estes, estas, isto, neste, nesta, nestes, nestas, deste, desta, destes, destas:

Usados quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala ou no tempo presente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que vai ser mencionado no discurso.
Exemplos:
Esta caneta aqui é minha.
Este é o ano do meu casamento.
Isto que está acontecendo é horrível!
Isto será explicado mais à frente.
Neste momento não tenho para nada para fazer.
Venha aqui e coloque tudo dentro deste recipiente.

Esse, essa, esses, essas, isso, nesse, nessa, nesses, nessas, desse, dessa, desses, dessas:
Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou num tempo passado recente em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado no discurso.
Exemplos:
Essa caneta aí é sua.
Esse foi ser o ano em que fui mãe.
Isso que aconteceu foi horrível!
Isso foi explicado na aula passada.
Nesse dia eu estava nervosa porque tinha visto um acidente.
Antes de se ir embora, coloque tudo dentro desse recipiente que está perto de você.
Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, naquele, naquela, naqueles, naquelas, daquele, daquela, daqueles, daquelas:
Usados quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala. Também se usa para referir um passado distante ou para referir algo que foi mencionado com uma grande distância no discurso.
Exemplos:
Aquela caneta ali é dele.
Aquele foi o melhor ano da minha infância.
Aquilo foi o melhor de tudo.
Ela partiu a perna naquele fim de semana que fomos passear ao campo.
Este livro é daquele menino da 6ª série. Você sabe quem ele é?
Outros pronomes demonstrativos
Outras palavras atuam como pronomes demonstrativos. São variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular), mas não se relacionam com as três pessoas discursivas.

O, a, os, as
Quando acompanharem os pronomes que e qual, podendo ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.
Exemplos:
Não entendi que foi dito pelo apresentador. (aquilo que foi dito).
Essa mochila não é a que eu comprei. (aquela que eu comprei).

Mesmo, mesma, mesmos, mesmas
Próprio, própria, próprios, próprias

Reforçam pronomes pessoais e se referem alguma coisa citada anteriormente.
Exemplos:
Ela mesma resolveu o assunto.
Foram os próprios responsáveis que fizeram a confusão.

Tal, tais, semelhante, semelhantes
Referem-se a um nome anteriormente citado e transmitem um sentido completo (tal) ou incompleto (semelhante), podendo ser substituídos por aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo, esse, essa, esses, essas, isso, este, esta, estes, estas, isto. Estes dois pronomes podem ser utilizados ironicamente.
Exemplos:
Não tenha semelhante atitude. (aquela atitude)
Em tais momentos, não devemos reagir de cabeça quente. (nesses momentos)

Pronomes demonstrativos adjetivos e substantivos
Os pronomes demonstrativos podem ser classificados ainda em pronome demonstrativo adjetivo, quando acompanha, determina e modifica os substantivos, e em pronome demonstrativo substantivo, quando substitui o substantivo numa frase.
Exemplos:
Aquela caneta é azul. (pronome demonstrativo adjetivo)
O meu filho é aquele. (pronome demonstrativo substantivo)


Pronomes indefinidos

Pronomes indefinidos indicam que algo ou alguém é considerado de forma indeterminada e imprecisa. Referem-se sempre à 3.ª pessoa gramatical.
Exemplos de pronomes indefinidos
Alguém pode me ajudar?
Tem algo para comer?
Muitos faltaram à prova de português
Certos comentários serão ignorados.
Qualquer informação será considerada importante.

Existem pronomes indefinidos invariáveis, pronomes indefinidos variáveis em gênero e número e pronomes indefinidos variáveis apenas em número.

Tabela com todos os pronomes indefinidos
Pronomes indefinidos invariáveis
alguém;
ninguém;
outrem;
tudo;
nada;
cada;
algo.
Pronomes indefinidos variáveis em gênero e número
algum, alguns, alguma, algumas;
nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas;
todo, todos, toda, todas;
outro, outros, outra, outras;
muito, muitos, muita, muitas;
pouco, poucos, pouca, poucas;
certo, certos, certa, certas;
vário, vários, vária, várias;
tanto, tantos, tanta, tantas;
quanto, quantos, quanta, quantas.
Pronomes indefinidos variáveis em número
qualquer, quaisquer;
bastante, bastantes.

Pronomes indefinidos substantivos
Alguns pronomes indefinidos são utilizados apenas como pronomes indefinidos substantivos, substituindo o substantivo numa frase. É o caso dos pronomes alguém, ninguém, outrem, algo, nada e tudo.
Este livro é de alguém?
Tudo é importante, nada deverá ser esquecido!

Pronomes indefinidos adjetivos
Outros pronomes indefinidos são utilizados apenas como pronomes indefinidos adjetivos, acompanhando o substantivo na oração. É o caso dos pronomes certo, cada e qualquer.
Certas atitudes são incompreensíveis.
Qualquer escolha será longamente ponderada.
Cada pessoa deverá seguir o seu próprio caminho.

O pronome cada, na ausência de um substantivo, poderá vir acompanhado de um numeral pronome, como um e qual: cada um ou cada qual.
Cada um deverá seguir o seu próprio caminho.
Cada qual deverá seguir o seu próprio caminho.

Pronomes indefinidos adjetivos e substantivos
Alguns pronomes indefinidos são utilizados maioritariamente como pronomes indefinidos adjetivos, acompanhando o substantivo. Podem, contudo, ser utilizados também como pronomes indefinidos substantivos. É o caso dos pronomes algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, vário, tanto e quanto.
Nenhum homem teve coragem de se pronunciar contra aquela tirania.
Nenhum teve coragem de se pronunciar contra aquela tirania.
Poucos alunos passaram para a oitava série.
Poucos passaram para a oitava série.

Valores dos pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos apresentam diferentes valores, conforme o contexto frásico em que ocorrem.
Nenhum e algum
O pronome indefinido nenhum assume sempre um sentido negativo. Já o pronome indefinido algum assume um sentido afirmativo quando anteposto ao substantivo e um sentido negativo quando posposto ao substantivo.
Nenhum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura. (sentido negativo)
Algum motivo foi apresentado para a desistência da candidatura? (sentido afirmativo)
Motivo algum foi apresentado para a desistência da candidatura. (sentido negativo)
Ninguém e alguém
O pronome indefinido ninguém assume sempre um sentido negativo, enquanto o pronome indefinido alguém assume um sentido afirmativo. Ambos se referem a pessoas.
Com certeza, ninguém seguiu este caminho. (sentido negativo)
Com certeza, alguém seguiu este caminho. (sentido afirmativo)
Nada e algo
O pronome indefinido nada assume sempre um sentido negativo, enquanto o pronome indefinido algo assume um sentido afirmativo. Ambos se referem a coisas.
Não pretendia nada, além de uma vida descansada. (sentido negativo)
Queria sempre algo novo. (sentido afirmativo)
O pronome indefinido nada significa principalmente coisa nenhuma, mas pode significar alguma coisa em frases interrogativas negativas. Pode ainda assumir a função de advérbio quando acompanhado de um substantivo.
Não quero nada, obrigado! (coisa nenhuma)
Você não viu nada de estranho ontem? (alguma coisa)
Não fiquei nada feliz com meu resultado na prova. (advérbio)
Certo
O pronome certo apenas atua como pronome indefinido quando anteposto ao substantivo, particularizando alguma coisa. Quando posposto ao substantivo assume a função de um adjetivo, sinônimo de correto, certeiro, garantido, combinado, apropriado, entre outros.
Certos alunos ficam para sempre na memória dos professores. (pronome indefinido)
O diretor tomou decisões certas. (adjetivo)
Qualquer
O pronome indefinido qualquer tem como principal função generalizar uma situação. Contudo, assume um valor depreciativo quando posposto a um artigo indefinido ou a um substantivo próprio.
Qualquer ajuda será bem-vinda. (sentido generalizador)
Ele é apenas um qualquer. Nem me vou preocupar com suas opiniões. (sentido depreciativo)
Todo e tudo
Os pronomes indefinidos todo e tudo indicam totalidades afirmativas. O pronome todo, no singular, indica a totalidade das partes. No plural, indica uma totalidade numérica. O pronome tudo representa, normalmente, um termo absoluto.
Ele comeu o bolo todo. (totalidade das partes)
Todos os alunos realizaram a prova. (totalidade numérica)
Já fizemos tudo. (termo absoluto)
Outro
O pronome indefinido outro pode indicar um momento passado ou um momento futuro, como nas expressões outro dia (passado) e no outro dia (futuro).
Outro dia fui ver a exposição de pintura de minha tia.
No outro dia, depois de regressar de viagem, irei ver a exposição de pintura de minha tia.

Locuções pronominais indefinidas
Além dos pronomes indefinidos, existem conjuntos de palavras que atuam como pronomes indefinidos, sendo chamadas de locuções pronominais indefinidas:
cada qual;
cada um;
qualquer um;
todo aquele que;
quem quer que;
o que quer que;
seja quem for;
seja qual for;
o mais;


Outros tipos
;


Adjetivos


Adjetivos são palavras que caracterizam um substantivo, conferindo-lhe uma qualidade, característica, aspecto ou estado. Os adjetivos variam em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural) conforme o substantivo que caracterizam. Os adjetivos flexionam-se também em grau (normal, comparativo e superlativo).

Exemplos:
casa velha (o adjetivo velha caracteriza o substantivo casa);
prédio antigo (o adjetivo antigo caracteriza o substantivo prédio);
casas velhas (o adjetivo velhas caracteriza o substantivo casas);
prédios antigos (o adjetivo antigos caracteriza o substantivo prédios).

Os adjetivos podem ser simples, sendo formados por apenas um radical, ou compostos, sendo formados por dois ou mais radicais.

Exemplos de adjetivos simples:
A maçã é vermelha.
O menino é muito bonito.
Minha mãe está zangada.

Exemplos de adjetivos compostos:
Meu vestido verde-escuro está estragado.
Meu pai é franco-brasileiro.
Que menino mal-educado!

Sintaticamente, exercem funções de adjunto adnominal, predicativo do sujeito ou predicativo do objeto.

Exemplos:
Adjunto adnominal: Uma dor intensa atingiu o paciente moribundo.
Predicativo do sujeito: Mariana parece ansiosa.
Predicativo do objeto: Ele a viu sorridente.

Gênero dos adjetivos
Relativamente ao gênero, os adjetivos podem ser biformes ou uniformes.
Os adjetivos biformes apresentam duas formas, uma para o gênero masculino e outra para o gênero feminino.
Exemplos:
Helena é uma menina simpática.
Paulo é um menino simpático.
A blusa é vermelha.
O casado é vermelho.

Os adjetivos uniformes apresentam sempre a mesma forma, quer no gênero feminino, quer no gênero masculino. Normalmente, os adjetivos terminados em -e, -z, -m e -l são adjetivos uniformes.
Exemplos:
Helena é uma menina feliz.
Paulo é um menino feliz.
A blusa é azul.
O casado é azul.

Número dos adjetivos
Para a formação do plural dos adjetivos simples, são utilizadas as mesmas regras de formação do plural dos substantivos, sendo a principal regra acrescentar a letra  s  no final da palavra.

Exemplos:
A pera madura.
As peras maduras.
O homem resmungão.
Os homens resmungões.

Para a formação do plural dos adjetivos compostos, a regra indica que apenas o último elemento varia em número, indo para o plural.

Exemplos:
Minha tia é afro-brasileira.
Minhas tias são afro-brasileiras.
Este aluno é mal-educado!
Estes alunos são mal-educados!

Contudo, o adjetivo composto se mantém invariável se for formado por um substantivo no último elemento.

Exemplos:
A parede é amarelo-canário.
As paredes são amarelo-canário.
O tecido é vermelho-sangue.
Os tecidos são vermelho-sangue.

Grau dos adjetivos
Relativamente ao grau, os adjetivos podem estar no grau normal, no grau comparativo ou no grau superlativo, indicando diferentes intensidades com que um adjetivo pode caracterizar um substantivo.
Grau normal: O Mateus é inteligente.
Grau comparativo de superioridade: O Mateus é mais inteligente que o Bruno.
Grau comparativo de inferioridade: O Mateus é menos inteligente que a Camila.
Grau comparativo de igualdade: O Mateus é tão inteligente quanto a Luana.
Grau superlativo relativo de superioridade: O Mateus é o mais inteligente da turma.
Grau superlativo relativo de inferioridade: O Mateus é o menos inteligente da turma.
Grau superlativo absoluto analítico: O Mateus é muito inteligente.
Grau superlativo absoluto sintético: O Mateus é inteligentíssimo.

Locução adjetiva
Locução adjetiva é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um adjetivo, caracterizando um substantivo. As locuções adjetivas são formadas maioritariamente pela preposição de mais um substantivo.
Exemplos:
de criança – relativa ao adjetivo infantil;
de pai – relativa ao adjetivo paterno;
de mãe – relativa ao adjetivo materna;
de morte - – relativa ao adjetivo mortal;
de leite – relativa ao adjetivo lácteo.

Outros tipos de adjetivos
Adjetivos primitivos são adjetivos cuja origem não reside em outras palavras da língua portuguesa, mas sim em palavras de outras línguas.
Exemplos: feliz; bom; azul; triste; grande; …
Adjetivos derivados são adjetivos cuja origem reside em outras palavras da língua portuguesa, ou seja, derivam de substantivos ou verbos.
Exemplos: magrelo;  avermelhado; apaixonado; …
Adjetivos explicativos são adjetivos que expressam uma qualidade própria do ser.
Exemplos: fogo quente; mar salgado; céu azul; …

Adjetivos restritivos são adjetivos que expressam uma qualidade que não é própria do ser, tornando-o único no grupo de referência.
Exemplos: blusa amarela;
cantora baiana; criança inteligente; …

Adjetivos pátrios são adjetivos que nomeiam as pessoas conforme o local onde nascem ou vivem. São adjetivos derivados, dado que têm quase sempre sua origem no nome do lugar a que se referem.

Exemplos: baiano; paulista; pernambucano; cearense; alemão;
francês; nipo-brasileiro; luso-brasileiro; …

Adjetivos adverbializados são adjetivos que, na oração, assumem a função de advérbio, permanecendo assim invariáveis. Substituem advérbios de modo terminados em –mente, produzindo um discurso mais rápido, acessível e enfático.

Exemplos:
Venha rápido ver o que aconteceu! (rápido = rapidamente)
Aprendemos fácil a matéria. (fácil = facilmente)
Ela escorregou, caiu e bateu forte no chão. (forte = fortemente)


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